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Enviada em: 22/10/2017

No romance regionalista "Vidas Secas", o autor, Graciliano ramos, retrata a difícil trajetória de uma família que vive em um local historicamente castigado pela seca: o semi-árido nordestino. No Brasil hediorno, observa-se que a escassez de água começa a tomar proporções generalizadas,atingindo regiões que nunca antes haviam sofrido com tal problema. Essa situação tem suas causas tanto em uma postura individualista da população, bem como na irresponsabilidade estatal, no entanto, é passível de ser remediada.   Mormente, destaca-se como atitudes da esfera privada podem contribuir para o mal coletivo. Segundo Zigmunt Bauman, sociólogo polonês, uma das características do ser humano na Modernidade é o individualismo. Sob tal ótica, entende-se como um país, àquele com maior quantidade de recursos hídricos no mundo, pode vir a calamidade supracitada. Preocupados apenas com o seu bem-estar, muitos cidadãos fazem uso indiscriminado da água, sobrecarregando assim, a vazão dos reservatórios.   Outrossim, cabe ressaltar como um Estado irresponsável auxilia na persistência da problemática. De acordo com o cientista político inglês Thomas Hobbes, o papel dos governos é efetivar as determinações legais e, quando isso não ocorre, problemas estruturais são gerados. À vista de tal preceito, infere-se que caso os governos brasileiros, encarregados do manejo das águas voltando-as para o uso social, não o fação corretamente,o seu desperdício e consequente falta, serão evidentes.   Destarte, depreende-se que tanto fatores individuais e de governabilidade impactam  a escassez em território brasileiro. Portanto, torna-se imperativo que o Ministério da Educação promova a atuação de cientistas e ambientalistas nas comunidades, alertando-as sobre a importância do uso consciente de água. Além disso, urge que o Ministério Público fiscalize com maior eficiência os órgãos responsáveis pela distribuição do referido elemento, encaminhando os desvios para o Poder Judiciário. Dessa forma, os cidadãos brasileiros poderão ter um destino diferente do dos personagens da obra de Graciliano.