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Enviada em: 08/04/2018

Na obra "Vidas secas",de Graciliano Ramos, é perceptível o contínuo anseio pela sobrevivência humana, a fim de obter um direito universal inquestionável: a água. A escassez desse bem hídrico tornou-se um problema atemporal e aflige a sociedade contemporânea à medida que sua demanda e consumo aumentam. Assim, é imprescindível alterar esse uso desregulado e buscar formas planejadas de consumo.          Primeiramente, um contribuinte ao emprego irresponsável da água, segundo o cientista britânico Anthony Allan, é o chamado " consumo virtual". Isto é, a quantidade líquida utilizada para fabricação de produtos, como, automóveis,ou a própria calça jeans, que necessita 11000 litros de água para atingir a tonalidade ideal. Assim, o desperdício desse composto inorgânico não provém unicamente dos descuidos dos cidadãos, visto que as indústrias favorecem sua carência, ao visar apenas o lucro comercial e deixar em segundo plano  o uso racional desta.            Além  disso, o Brasil enfrentou uma grave crise hídrica nos anos de 2014 e 2015, principalmente, o estado de São Paulo onde o reservatório da Cantareira quase esgotou, por falta de chuva. Tal fato, somado à ausência e à demanda de suprir as necessidades da população, favoreceu um processo de conscientização e controle de distribuição desse líquido precioso. Porém, o desequilíbrio hídrico perpassa os fatores climáticos, visto que a falta de um planejamento adequado durante as últimas décadas contribuíram para o alastramento dessa insuficiência.           Fica claro portanto, as causas da escassez desse solvente universal. Assim, tratar as águas de esgotos a fim de que as indústrias as reutilizem de forma sustentável, conteria os gastos do "consumo virtual", sendo algo louvável e também o Estado poderia reduzir os impostos das empresas que adotassem essa prática, como forma de estímulo. Outra medida, seria o Estado trabalhar o planejamento  do uso da água,  juntamente com a população. Recurso tecnológicos, já usados em outros países, como controladores de abastecimento que conta com o auxílio de termostatos, ajuda a economizar cerca de 8800 liros de água por ano nas residências. Logo, poderemos assegurar esse bem tão precioso às futuras gerações e outras vidas não viverão na contínua seca.