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Enviada em: 20/04/2018

Influência Joanina             "Ninguém nasce mulher, torna-se mulher". Segundo essa frase de Simone de Beauvoir- filósofa francesa, a mulher deriva de um significado imposto pela sociedade, até então, patriarcalista. A mulher, rotulada como "sexo frágil", sofre com a triste realidade exacerbada: a persistência da violência contra ela. Logo, medidas cabíveis devem ser tomadas para reverter este cenário.               Em um primeiro momento, faz-se necessário recordar que pouco se ouviu falar na ascensão feminina em, praticamente, toda a história da humanidade. Na Idade Medieval, a figura feminina era estabelecida de acordo com os afazeres domésticos, e isso perdurou por vários séculos. Além disso, quando estudantes aprendem na escola sobre grandes pensadores ou heróis, ganha-se notoriedade a figura masculina. Joana D'Arc e outras heroínas históricas são consideradas a exceção. Por conseguinte, as mentes formadoras do futuro já crescem com tal ideia arraigada.          Em um segundo momento, voltados os olhares para a sociedade brasileira, os números de violência contra a mulher são alarmantes - mais de 43 mil foram assassinadas nas últimas três décadas. Fato esse, o qual corrobora a falta de mecanismos eficientes para a defesa da mulher. Mesmo com a criação das leis Maria da Penha e do feminicídio, muitas mulheres são vítimas de crueldade, grande parte, pelos próprios parceiros, pois não se sentem seguras para denunciar, além de sofrerem constantes ameaças.            É necessário, portanto, mudanças na situação vigente do Brasil. Políticas públicas que tornem o empoderamento feminino eficaz, como a criação de leis, por parte do Legislativo, mais severas aos agressores das vítimas. Ademais, a criação de grupos de apoio à mulher, seja por aplicativos vinculados às redes sociais, seja por ONG's especializadas juntamento com psicólogos, com o intuito de  fortalecer aquelas que se sentem incapazes de fazer denúncias devido à violência, e assim virem verdadeiras "Joanas" D'Arc de seu tempo.