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Enviada em: 05/05/2018

Historicamente,o papel feminino nas sociedades ocidentais foi subjugado aos interesses masculinos e tal paradigma só começou a ser contestado em meados do século XX,tendo a francesa Simone de Beauvoir como expoente. Conquanto tenham sido obtidos avanços no que se refere aos direitos civis,a violência contra a mulher é uma problemática persistente no Brasil,uma vez que ela se dá-na maioria das vezes-no ambiente doméstico. Essa situação dificulta as denúncias contra os agressores.    Com efeito, ao longo das últimas décadas, a participação feminina ganhou destaque nas representações políticas e no mercado de trabalho.As relações na vida privada,contudo,ainda obedecem a uma lógica sexista em algumas famílias.Nesse contexto,a agressão parte de um pai, irmão,marido ou filho;condição  que desencoraja a vítima a prestar queixas,visto que há um vínculo institucional e afetivo que ela teme romper.     Outrossim, é válido salientar que a violência de gênero está presente em todas as camadas sociais, camuflada em pequenos hábitos cotidianos.Não apenas na brutalidade dos assassinatos, mas também nos atos de misoginia e ridicularização da figura feminina em ditos populares, piadas ou músicas. A violação aos Direitos Humanos não consiste somente no embate físico,o desrespeito está–sobretudo-na perpetuação de preconceito que atentam contra a dignidade da pessoa humana ou de um grupo social.    Destarte,é fato que o Brasil encontra-se alguns passos à frente de outros países o combate à violência contra a mulher,por ter promulgado a Lei Maria da Penha.Entretanto,é necessário que o Governo reforce o atendimento às vítimas, criando mais delegacias especializadas,para o registro de queixas.Por outro lado,uma iniciativa plausível a ser tomada pelo Congresso Nacional é a tipificação do feminicídio como crime hediondo,no intuito de endurecer as penas para os condenados e assim coibir mais violações. É fundamental que o Poder Público e a sociedade– por meio de denúncias–combatam praticas machistas e a execrável prática do feminicídio.