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Enviada em: 24/10/2018

Ao longo da história, a mulher sempre foi subjugada pela sociedade. Vide como exemplo os casamentos arranjados que aconteciam até o século XIX e início do século XX e o não direito ao voto das mulheres brasileiras, conquista só alcançada em 1930. Apesar das conquistas por direitos que as mulheres veêm auferindo perante a sociedade, a violência ainda persiste. Tal fato é decorrência de uma sociedade machista e patriarcal, que vê a mulher como "ser inferior" e pela dificuldade na punição dos agressores, uma vez que a violência ocorre frequentemente no seio familiar.         Em primeira análise, é fato que a sociedade brasileira ainda funciona marcada pelo machismo e cultura patriarcal. A mulher é vista como ser incapaz de tomar decisões e gerir a própria vida. Em muitas famílias, elas trabalham, ganham seu próprio dinheiro, mas não detêm o poder de usufruí-lo conforme sua vontade, isso se configura violência patrimonial. Além de casos de ameaça e violência física efetivada contra o corpo da mulher, incluindo a sexual. Pode-se somar a isso também, casos de tráfico de jovens para trabalharem como escravas sexuais.      Em segunda análise, considerando que a maioria dos casos de violência é perpetrado por agressores próximos à vítima - em geral companheiros e maridos - configura-se a dificuldade para a denúncia por parte da mulher e a efetiva punição, pois as mulheres sentem medo de retaliações e em muitos casos são dependentes financeiramente dos maridos, além de não terem o apoio da família.         Portanto, para mitigar a persistência da violência contra a mulher, o Governo, por meio de Políticas Públicas, deve promover uma rede de apoio às mulheres. Como exemplo, o acolhimento em casas de saúde para mulheres agredidas, qualificação profissional para que possam ser independentes e empenho na efetiva punição dos agressores por meio das leis existentes, tal como a Lei Maria da Penha. Além de incentivar, através da educação, a mudança da cultura machista e patriarcal, para que no futuro, homens e mulheres possa viver em harmônia, em uma sociedade que reconheça as diferenças entre os gêneros, mas sem subjugar nenhum.