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Enviada em: 22/11/2018

De acordo com a Declaração Universal Dos Direitos Humanos, toda pessoa tem o direito à vida e à liberdade garantidos, independentemente de suas qualidade. Entretanto, não é isso que se observa no Brasil, país em que o número de assassinatos de mulheres tem aumentado em 230% ao longo de 30 anos, segundo o Mapa da violência de 2012. Sendo assim, os fatores que levam a essa escalada da violência contra o gênero feminino são analisados.  Em primeira análise, a história política das mulheres no Brasil, e sua falta de representatividade, estão relacionadas à ascensão da violência. A constituição de 1932 trouxe como novidade o direito de voto e participação política das mulheres. Ou seja, antes disso, a mulher não possuía direitos políticos iguais aos homens e portanto, ocupava na visão da sociedade um papel inferior ao do gênero masculino. o que fomentava discursos de marginalização das mulheres e discursos feminicistas.  Como consequência disso, a representação política da mulher ainda é baixa. Segundo dados da Inter-Parlamentary Union, pouco mais de 10% dos deputados federais são mulheres. Além disso, segundo reportagem do portal O Globo, 37% das mulheres ocupam cargos de chefia em empresas. Assim, o poder político e econômico da classe feminina torna-se enfraquecido, trazendo consequências como o fortalecimento de ideias que colocam o homem como centro da família e em posição de superioridade, ou então na falta de força política para as questões femininas dentro das esferas legais. Essas consequências impactam na sociedade através de números como agressões físicas, psicológicas e patrimoniais, registrados pela secretaria de políticas para mulheres em 2014.   A persistência da violência contra a mulher no Brasil tem raízes históricas e socioeconômicas. Para isso, é necessário que o Legislativo, junto do Ministério do trabalho ou similar, crie uma lei de cotas para mulheres em empresas, assim como fortaleça e fiscalize a lei de 30% de candidaturas femininas, aumentando a porcentagem, ou destinando uma quantia especial para tais candidatas no fundo eleitoral partidário. Logo, será reduzida a falta de representação feminina na sociedade e fortalecendo a garantia de seus direitos.