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Enviada em: 04/12/2018

Desde o livro Utopia, escrito por Thomas More, entende-se que uma sociedade necessita de engajamento social e político para desenvolver-se. No entanto, quando se observa a persistência da violência contra a mulher no país, verifica-se que esse ideal utópico é constatado na teoria e não na prática, e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país. Nesse cenário, torna-se clara a falta de atitude do Estado, bem como a negligência e a compactuação da sociedade.       Em uma primeira análise, sob a ótica sociológica, a persistência da problemática no Brasil é intrinsecamente fomentada pela negligência e pela compactuação da sociedade que se omite diante de situações de violência contra a mulher no país. Um exemplo disso é que foram assassinadas mais de 92 mil mulheres nos últimos 30 anos, segundo divulgado pelo Mapa da Violência. Neste sentido, o sociólogo Alemão Jürgen Habermas afirma que a sociedade depende da critica às suas próprias convicções e comportamentos para que mudanças efetivas aconteçam.       Ademais, em um segundo plano, é inquestionável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam em harmonia para solucionar o problema. Tal fato se reflete na falta de políticas públicas para oferecer seguranças para as mulheres vítimas de violência, medida que deixaria a resolução do problema mais perto, e devido à má administração e fiscalização pública por parte dos gestores isso não acontece.       Logo, é necessário que o Governo invista na segurança pública, por meio do aumento orçamentário para os órgãos de segurança nacional, com o propósito de diminuir os casos de violência contra a mulher no país. Além disso, cabe às escolas informatizar e conscientizar as pessoas sobre a persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira. Isso pode ser feito por meio de programas nas escolas e campanhas nos meios de comunicação, a fim de atenuar a cultura patriarcal - por conseguinte diminuir a violência contra as mulheres na sociedade brasileira. Destarte, a realidade aproxima-se da teoria utópica e a sociedade desenvolve-se.