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Enviada em: 16/05/2019

Na filosofia empirista de Jon Locke, contratualista de Tomas hobbes e religiosa de Santo Agostinho, nota-se um traço em comum: A masculinidade. Em uma história baseada no patriarcado, as mulheres sempre ficaram a mercê da sociedade, sujeitas à submissão e à violência doméstica. Diante disso, cabe analisar os motivos relacionados à persistência da violência contra a mulher, intrinsecamente ligados a aspectos sociais e políticos, a fim de combatê-la.  Sob essa ótica, a priori, deve-se pontuar as causas sociais que impulsionam essa violência. De acordo com Antony Giddens, sociólogo britânico, o papel social do indivíduo está relacionado com a socialização primária - responsável pelo primeiro convívio em sociedade. Paralelamente a isso, é indiscutível a presença do machismo desde a antiguidade. Essa presença, aliada ao conceito de Giddens, reverbera às crianças costumes arcaicos, o que provoca aos homens o sentimento de superioridade, ampliando os índices de feminicídios. Ademais, é imprescindível salientar as causas políticas relacionadas ao exposto. Com a dissolução do voto masculino e censitário a menos de 200 anos, fica evidente a hegemonia política do país: Responsável pela falta de representatividade feminina.  Por esse motivo, as leis responsáveis pela defesa das mulheres são minorias e tão recentes. Isso se corrobora ao analisar a obra de Pierre Bordieu, a qual evidencia o capital cultural -presente na elite dominante - como instrumento de dominação e responsável pela falta de equiparidade entre os gêneros e classes. Urge, portanto, a necessidade de projetos capazes de combater a persistência da violência contra a mulher. Cabe ao poder Executivo, juntamente ao Legislativo, o ampliamento das cotas parlamentares, por meio de um projeto de lei, a fim de garantir equidade de representatividade: Um dos pilares da democracia. Feito isso, as representantes femininas eleitas pelo voto poderão criar, reformular e/ou ampliar emendas ao código civil e criminal, garantido a defesa do seu local de fala.