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Enviada em: 14/06/2019

Nas últimas décadas os casos de violência contra mulheres tiveram aumentos significativos. A partir do que relata o Mapa da Violência de 2012, o número de mulheres assassinadas por este motivo teve um crescimento de 230% no período entre 1980 e 2010. Além da violência física, a pesquisa relatou em torno de 48% de variados tipos de violência contra mulheres, um exemplo é a psicológica. Neste assunto podemos perceber que o problema persiste por terem origens históricas e ideológicas.       O Brasil ainda não conseguiu se livrar dos costumes da sociedade patriarcal. Isso dá ao fato de que ainda no século XXI existam no Brasil uma forma de determinismo biológico em relação à mulher. Assim contradizendo a famosa frase de Simone de Beavouir no qual é dita que “Não se nasce mulher, torna-se mulher”, predominantemente na cultura brasileira é pregado dia após dia desde que nós éramos crianças que o sexo feminino tem o papel na sociedade de submissão ao sexo masculino, não sendo levado em conta o seu convívio social, o qual tem a capacidade de construir um ser como mulher livre. Sendo assim, os comportamentos agressivos contra às mulheres são levados como normais, porquê estão implantados na sociedade desde os primórdios da mesma. Sendo desta maneira a punição para tal ato é dificultada pelos traços sociais existentes, o que acaba aumentando a liberdade e dificultando a punição para tal ação.       Além do mais, as cicatrizes deixadas em nossa sociedade pelo machismo existem pelo fato da ideia de superioridade de gênero refletir no cotidiano da nossa sociedade. Onde nessa ideia as mulheres são objetificadas como apenas fontes de prazer para o sexo masculino, e ainda são ensinadas em sua formação principal que tem o dever de se submeter ao homem. Deste modo, é construído uma cultura do medo, a da qual a mulher teme se expressar pelo grande fato de estar sempre a continua ameaça de sofrer algum tipo de violência de seu companheiro ou progenitor. Por este grande fator os casos de agressão contra a mulher que são de conhecimento das autoridades são pequenos.       É possível saber que as raízes históricas e ideológicas do Brasil atrapalham no combate e o fim da violência contra a mulher neste país. Para que casos como estes parem de acontecer, é crucial que as grandes mídias parem de usar seu poder de influência para a propagação de informações que acabem objetificando a mulher e comece a usar este poder para a propagação de campanhas de conscientização e de denúncia sobre a violência contra a mulher. Outra solução plausível ao problema é o Legislativo criar uma lei para aumentar as punições contra os violentadores, para que assim seja possível diminuir a frequência com que isto acontece. Com providências sendo tomadas, a violência contra a mulher pode deixar de ser uma cultura inclusa na sociedade.