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Enviada em: 16/06/2019

Em meados de 1960, nos Estados Unidos, o início do movimento feminista se fez presente em meio a reivindicações de direitos civís de gamas da população naquele território. Não muito distante do fato histórico, atualmente o Brasil se destaca como um lugar cada vez mais inseguro ao sexo femino no tocante a vivência igualitária dessa. Nesse viés, nota-se contínuas violações à dignidade humana feminina, necessitando dessa maneira um maior investimento pelos governos em projetos que auxiliem, de forma concreta, essas, além de uma busca pela repreensão do machismo potencializado pelas mídias sociais contemporâneas.         A princípio, apesar da vitoriosa e importante aprovação da principal lei que protege a mulher de violações à sua integridade, a conhecida Lei Maria da Penha, é constatável que no território nacional a parcela populacional feminina ainda sofre pela não devida preocupação das administrações públicas. Exemplo disso são os dados divulgados pela "BBC News Brasil", de 2019, o qual expõe que apenas 8% dos municípios brasileiros garantem as denominadas "delegacias da mulher". Com base nisso, não somente é perceptível uma negligência considerável dos responsáveis pelo cumprimento das leis, mas também um descompromisso com as cidadães que buscam a igualdade de convivência, assim como as primeiríssimas feministas americanas lutaram, em 1960.   Ademais, segundo o filósofo italiano Pico Della Mirandola, a dignidade humana está obrigatoriamente ligada à liberdade do indivíduo social. Nesse sentido, percebe-se claramente que, embora tenha havido avanços sociais no âmbito de uma mais próxima equidade constitucional referentes aos sexos feminino e masculino, esse primeiro ainda sofre com o, potencializado pelas mídias, tais como redes virtuais (Facebook, Instagram), machismo histórico e cultural. Para além disso, é observado que a internet garantiu não apenas o poder de voz a grupos que promovem discursos patriarcais, bem como legitimou tais pensamento por meio do constante "bombardeamento" de opiniões preconceituosas desses. Em vista disso, a dignidade de muitas adultas são amplamente violada, e consequentemente são tiradas suas liberdades, tal como o pensador italiano defendia.   É mister, portanto, que o Governo Federal invista, por meio da destinação de verbas, em novos postos de defesa e proteção às pessoas que sofrem abusos e atos violentos, tais como delegacias especializadas a essa causa, a fim de garantir o cumprimento da lei maior. Além da aprovação do legislativo, por meio de votação parlamentar, de um projeto que instaure um órgão federal fiscalizador de atos ilegais de cunho machista nas redes sociais, visando enquadrar os então criminosos na referida determinação "Maria da Penha" e garantir às brasileiras uma melhor e justa convivência em sociedade.