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Enviada em: 15/08/2019

Em Gabriela, clássico da teledramaturgia brasileira, a personagem Sinhazinha Mendonça sofre, constantemente, vários tipos de agressões do marido dela, isso a faz virar alvo de comentários pela cidade toda, mas ninguém a ajuda. Não distante da ficção, a violência contra a mulher persiste na sociedade brasileira, em parte pela normalização desse tipo de atitude e pela dificuldade do sistema judiciário em cumprir a lei. De acordo com o ditado popular, em briga de marido e mulher não se mete a colher. Nessa lógica, é importante destacar que a violência de gênero sempre esteve presente no Brasil, por isso, essa conduta passou a ser normalizada com o tempo, de modo que, tornou-se um empecilho para que as vítimas ou as testemunhas denunciem, semelhante ao que aconteceu em Gabriela. Ademais, mesmo os casos denunciados muitas vezes não são julgados, o que faz com que cresça um cenário de descrença no sistema judiciário e diminui o medo do agressor responder pelo crime que cometeu. Prova disso é que, dos 332.216 processos com base na lei Maria da penha, menos da metade foram à julgamento. Percebe-se, então, certa urgência na adoção de medidas que trabalhem esses problemas. Torna-se evidente, portanto que são necessárias providências para resolver o quadro atual. Para que a agressão contra a mulher deixe de ser uma questão contínua, urge que o Estado, em parceria com os governos municipais e as prefeituras, promovam palestras em diversos ambientes, por meio de divulgações online e em mídias tradicionais, para impulsionar as pessoas a denunciarem esse tipo de crime, nos portais anônimos de modo a garantir a segurança da testemunha e aumentem o número de tribunais especializados na segurança da mulher, afim de agilizar os julgamentos dos acusados. Enfim, a partir dessas ações,  casos como da Sinhazinha deixarão de ser realidade no Brasil.