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Enviada em: 11/08/2019

O grande filósofo Aristóteles afirmava que as mulheres eram inferiores. Apesar de ter passado mais de 2 milênios, essa concepção ainda está presente. Tapas, gritos, empurrões, ameaças, mortes são cada vez mais comuns na sociedade hodierna brasileira. Nesse sentido, percebe-se que esse problema persiste há muito tempo, no entanto, recentemente que elas começaram a fazer denúncias a esse tipo de agressão. Em virtude disso, é fundamental analisar as causas, assim como os efeitos dessa drástica violação da dignidade humana, devendo, portanto, ser, discutido e solucionado.       Primeiramente, vale destacar que o fator decisivo dessa afronta é o patriarcalismo. A esse respeito, a Sociologia, descreve esse termo como o homem sendo o papel principal, enquanto que a figura feminina é submissa a esse. Tal situação pode ser vista nos ditados populares, como, por exemplo: "Lugar de mulher é na cozinha", "*Mulher pilota fogão*". À medida que esse processo vai se repetindo, cria-se a "banalização do mal", conceito criado pela filósofa Hannah Arendt, a qual descreve que, quando os indivíduos são expostos com grande frequência a determinados comportamentos, eles simplesmente ignoram, até que se torne algo comum. Assim, esse sistema patriarcal e a utilização maciça de frases sem senso crítico corroboram com a manutenção desses estereótipos.       Em segundo lugar, as ideias e comportamentos machistas podem levar a graves consequências. O mais drástico e lamentável entre todos é o feminicídio, que segundo dados do Mapa da Violência, o número desses homicídios, no ano de 2000 a 2010, chegou a mais de 43 mil. Por conseguinte, não apenas a vítima sofre, mas também todos os familiares. Além disso, aquelas que ainda não foram mortas, podem ter vários problemas psicológicos, que vão desde insônia, pesadelos até síndrome do pânico e depressão, conforme informações da Revista Glamour. Dessa forma, o ser masculino toma controle da situação e faz o que deseja com a sua companheira que já está toda debilitada.      Portanto, são necessárias medidas capazes de sanar tamanha mazela. Por isso, caberia ao Ministério da Cidadania e da Mulher com o da Segurança Pública de trabalharem em conjunto para aumentarem o número de delegacias especiais para o sexo feminino. Ademais, esses órgãos deveriam incentivar às padecentes de realizarem denúncias, por meio da veiculação de propagandas nos principais meios de comunicação (televisão, rádio, redes sociais), além de oferecer todo o amparo psicológico e emocional. Já as escolas devem fomentar a prática de eventos para todo público sobre as implicações  sociais e mentais dessa injúria. A finalidade é diminuir a longo prazo os casos de abusos a elas, bem como os efeitos secundários. Com isso, espera-se que Aristóteles tenha um maior cuidado ao dizer certas palavras.