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Enviada em: 29/03/2017

Como acabar com a violência contra a mulher, um mal milenar?        Historicamente, a violência contra a mulher sempre existiu. Pode-se concluir, assim, que sua origem, em uma multiplicidade de fatores, como: a intolerância à igualdade de gênero por parte dos homens, a demora do julgamento dos casos além da dificuldade de denúncia, faz com que esse problema persista na sociedade atual.         Desde a Grécia Antiga, onde as mulheres eram submissas aos homens devido, unicamente, ao gênero, o ideal da inferioridade feminina atinge nossa sociedade. Assim, quando o homem não consegue impor seus valores machistas sobre elas, parte para a agressão, caracterizando a violência não só verbal como também psicológica e, até mesmo, física. Nesse sentido, aperfeiçoar a tolerância entre os gêneros, assegurada em um regime democrático, em parte, pela igualdade prevista na Constituição é uma necessidade, e não um fato opcional.          É evidente que a violência contra a mulher ainda atinge a sociedade mundial. No Brasil, conforme dados divulgados pelo Conselho Nacional de Segurança, 237 mil casos foram registrados entre 2006 e 2011, sendo apenas 37% julgados. Dessa forma, pode-se dizer que a morosidade da justiça brasileira é um cofator para a ainda elevada taxa de feminicídios, tendo em vista, que induz a ideia de impunição nos criminosos, tornando a lei Maria da Penha insuficiente para solucionar o problema. Logo, a criação, por meio do Ministério da Justiça, de novas varas e juizados, assegurando, dessa forma, maior eficiência do julgamento dos casos é outra premência para abdicar o problema.           É inegável, portanto, que a violência contra a mulher é um problema que possui raízes históricas, já que, desde a Antiguidade, afeta a integridade física, moral e psicológica delas, além de fortalecer o ideal de superioridade de um gênero. Segundo Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Diante disso, o Estado deve criar, por meio do Ministério da Cultura e do MEC, campanhas nas escolas e cidades, que promovam a partir da reflexão, nas crianças e adultos, a importância do respeito e da não violência contra a mulher. Ademais, partindo de tal compreensão, o Governo deve criar, a partir do Ministério das Comunicações, ramais telefônicos especializados para que, por meio destes, a população continue denunciando atos de opressão, ou mesmo de intervenção física, contra as mulheres realizados pelos intolerantes. Quem sabe assim, com a população agindo em consonância com o Estado, será possível erradicar, de fato, com esse mal milenar, fazendo com que a violência de gênero deixe de ser uma utopia para o Brasil e o mundo.