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Enviada em: 22/05/2017

Exploração sexual, assédio, tortura, agressão, feminicídio. Os exemplos de violência contra a mulher são inúmeros e apesar da criação de políticas públicas para a erradicação desses crimes, a violência ainda persiste e pode ser evidenciado pela herança do conservadorismo patriarcal aliado à ineficiência das medidas protetivas.       Nas civilizações greco-romanas, a mulher era vista como inferior ao homem, sendo reduzida à fêmea procriadora. Posteriormente, no período colonial brasileiro, a mulher era comparada à uma propriedade, sendo passada do pai ao esposo, e este podia devolvê-la caso não cumprisse as obrigações de obedecê-lo e criar os filhos no seio do lar. Esse ideal feminil foi naturalizado na sociedade e contribuiu para inferiorizar a função social feminina.        Vale ressaltar também que medidas preventivas foram criadas, porém não estão sendo suficiente para extinguir o problema. Medidas de enfrentamento à violência de gênero, como a criação das Delegacias da Mulher, as leis Maria da Penha e do Feminicídio e o canal de denúncia Ligue 180 foram criados, porém não abrangiam à todas as cidadãs. Como resultado, hoje no Brasil tem apenas uma Delegacia da Mulher a cada 12 municípios e muitas com horário de atendimento reduzido. Somado a isso, muitas denuncias são subnotificadas e grande parte ficam sem punição.        Portanto, medidas são necessárias para resolver esse impasse. O Ministério da Educação deve promover campanhas e cartilhas de conscientização e em apoio à as escolas, deve desenvolver palestras com especialistas a fim de desnaturalizar o conservadorismo machista que se instalou na sociedade. Ademais, é preciso que o Ministério da Justiça crie programas que atendam a todo o território nacional e disponibilize órgãos para atendimento das vítimas em todas as cidades, e em apoio à Polícia, possa garantir as punições adequadas aos agressores para diminuir a reincidência. Afinal, como defendia Marthin Luther King que toda hora é hora de fazer o que é certo.