Materiais:
Enviada em: 27/07/2017

De acordo com o ativista político Martin Luther King, a injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar. Nesse ponto, a persistência da violência contra a mulher no Brasil figura uma sociedade que não respeita os direitos de todos os cidadãos. Esse quadro de constante maus tratos à população feminina é fruto, principalmente, da cultura de valorização do sexo masculino e de uma ineficiência do Governo quanto às punições contra tais atos.   Historicamente, o papel das mulheres na sociedade sempre foi subjugado aos interesses masculinos. Como no Brasil tempos atrás, onde o homem tinha total poder na vida das mulheres, sendo essas filhas ou esposas. Isso deixou um legado histórico de desrespeito e desvalorização que faz com que hoje a mulher sofra com preconceitos e principalmente, agressões físicas. Segundo a Secretaria de Políticas para as Mulheres, 51,68% dos casos no país são de violência física. Nesse sentido, percebe-se o quanto as mulheres ainda têm seus problemas negligenciados.   Ademais, a lentidão do sistema punitivo colabora para a permanência dos inúmeros abusos. A Lei Maria da Penha, criada para coibir e prevenir a violência contra a mulher, por mais que tenha ajudado inúmeras vítimas, seus processos ainda são demorados. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, dos 332.216 processos, só 33,4% foram julgados. Isso mostra o quanto o governo deve melhorar no que tange esse assunto.   A violência contra a mulher, portanto, é um mal a ser combatido. Para que o Brasil deixe de ser um país de injustiças, algumas medidas precisam ser tomadas. Caberia ao Governo buscar agilizar os processos da Lei Maria da Penha, a fim de mostras às vítimas que elas não serão mais negligenciadas. Seria função também das escolas, promoverem palestras que enfatizem a igualdade de gênero buscando assim, futuramente, acabar com essa violência. Afinal, como dizia o escritor Oscar Wilde, o primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação.