Basta a violência No limiar do século XXI, a violência contra a mulher é um dos principais problemas que o Brasil foi convidado a administrar, combater e resolver. Por um lado, o país é para todos e defende a segurança do indivíduo. Por outros, muitas mulheres são reprimidas dentro dos próprios lares e se afudam em um abismo cada vez mais profundos, cavados diariamente por opressores intolerantes. O Brasil é um país de diversas faces, etinias e crenças e defende em sua Constituição Federal que todos são iguais perante a lei. Nesse cenário, acreditando no Estado, maridos agridem suas esposas como se fossem superiores. Assim, o que deveria caracterizar vários Brasis dentro da mesma nação é motivo de preocupação. Paradoxalmente ao Estado que preza a segurança e igualdade, homens cometem crimes inanfiançáveis contra as mulheres. Segundo dados, mais de 50% das agressões são físicas . Convém lembrar ainda que a cada dezena de ligação para o 180, mais que a metade das vítimas informam que o agressor é o próprio companheiro. Partindo dessa verdade, o então direito assegurado pela Constituição e reafirmado pela Secretaria dos Direitos Humanos é amputado e o abismo entre opressores e oprimidas torna-se, portanto, maior. Parafraseando o sociólogo Zygmun Bauman, enquanto houver quem alimente a violência, haverá quem defenda esse fato repudiante. Tomando como norte a máxima do autor, para combater a violência contra as mulheres no Brasil são necessários alternativas concretas que tenham como protagonista o Estado, que deverá promover políticas públicas que visem incentivar a denúncia por parte das abusadas sem que sofram o receio de serem perseguidas. Somente assim, confortando e oferecendo um respaudo as brasileiras, contruir-se-á um Brasil mais tolerante.