Enviada em: 10/08/2017

No Brasil as mulheres cada vez mais sofrem com a violência doméstica. Por isso, em 2006 entrou em vigor a lei Maria da Penha, que tem como objetivo punir os agressores. Embora em tese isso seja eficaz, a violência contra a mulher ainda é um grave problema enfrentado por brasileiros e brasileiras, uma vez que é um problema social e que não afeta somente as vítimas .      Dados divulgados pela ONU (Organização das Nações Unidas) mostram que cerca de 70% das mulheres já sofreram algum tipo de violência ao longo de sua vida. Contudo, apesar de o feminicidio ser considerado crime hediondo e existirem leis específicas para proteger as brasileiras, as pessoas ainda matam as mulheres, contribuindo para o aumento desses índices negativos e tornando clara a persistência desse tipo de crime.      Entretanto, existem problemas que impedem a solução desse quadro. Segundo Gandhi, dada a possibilidade de escolher somente entre o medo e a violência, o aconselhável é a violência. Isso reflete a atitude de muitas mulheres violentadas que, por medo, acabam por não denunciar seus agressores. Devido a má infraestrutura dos serviços de atendimento, muitos dos poucos casos delatados são arquivados e nem chegam a ser julgados, sendo que somente cerca de 30% dos processor são concluídos.      Logo, faz-se necessária a tomada de providências que resolvam esse problema. O setor de segurança deverá criar ouvidorias públicas que atendam a todos os casos, preservando a identidade da delatora ao passo que garanta  a continuidade do processo e, associado a lei Maria da Penha, torne justa a causa acabando com a impunidade e com o medo das mulheres ao denunciar. O Ministério da Educação poderá implantar programas de palestras escolares que visem informar os alunos acerca dos problemas para que cresçam consientes e se tornem cidadãos mais justos, para assim contribuir com a formação de uma sociedade culta e livre dessa deplorável situação.