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Enviada em: 30/08/2017

Terror psicológico, estupro, assassinato. Este é o teimoso retrato da violência contra a mulher no Brasil. O país ocupa um vergonhoso quinto lugar no ranking mundial desta forma de agressão. Poderosas ferramentas, contudo, atuam no combate a este mal. Esbarram, no entanto,em contradições que geram impunidade e dificultam a reversão daquele triste quadro.  Neste cenário, o "ligue 180" e a Lei Maria da Penha são peças chave. O primeiro facilita a denúncia pois evita constrangimentos ao preservar o anonimato. Porque, é alta a probabilidade do crime ser presenciado por quem conheça tanto a vítima quanto o agressor. Já que em 70% dos casos relatados nesse serviço a agressão é doméstica. Por sua vez, Aquela lei baseou mais de 330 mil processos, tipificou o feminicídio e previu medidas protetivas como o afastamento do agressor em relação a vítima. Atuando dessa forma na punição e na prevenção.   Entretanto, devido ao machismo, muitas vezes, piora a situação quem de fato deveria apoiar a vítima . Esta antítese se reflete no tratamento desigual dado a irmãos de acordo com o gênero, no ceticismo de quem acolhe as vítimas, nas marcas da violência que desfiguram a beleza feminina. Ora, enfraquecidas socialmente, muitas mulheres temem registrar ocorrência. Logo,  crimes ficam impunes. Dados do IPEA apontam que somente 10%   Torna-se evidente, portanto, a necessidade de se superar esse impasse. Para isso, uma ação conjunta da sociedade é vital no combate ao machismo. A mídia poderia, por exemplo, despertar maior comoção ao aventar o tema com mais frequência nas ficções engajadas, como em "A Regra do Jogo". Já o cidadão deve cobrar o rigor da lei via ministério público, denunciar o crime à autoridade policial e, além disso, apoiar as ONGs alinhadas com as demandas femininas, seja como voluntario, seja como financiador. E por fim, pais e educadores através de exemplos reais ,como presidiários agressores e vítimas hospitalizadas, demonstrar os horrores desse ato e o fim dado à quem o pratica.