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Enviada em: 31/08/2017

Nas últimas décadas as mulheres vivenciaram avanços em vários aspectos, como acesso a educação, participação política e ampliação de direitos civis. No entanto, ainda sofrem discriminações diversas e são vítimas de assédios e violência.   Uma das raízes da tolerância à violência está no ordenamento patriarcal da sociedade – a organização da família em torno da figura do homem e da autoridade masculina. O homem é considerado o chefe da família e à esposa cabe se comportar segundo o papel que foi determinado a ela – o de dona de casa, esposa e mãe. Nesse sentido, para validar essa autoridade e corrigir comportamentos femininos que transgredem o esperado, o uso da violência é uma possibilidade sempre sugerida ou exercida por seu chefe patriarcal. Torna-se claro, assim, que essa visão de superioridade do homem sobre a mulher, constituída sobre a ideia central do pensamento machista, ainda persiste em nossa sociedade.   Ademais, muitas mulheres brasileiras são assediadas em locais públicos. Estudos realizados pelo Fórum de Segurança Pública (FBSP), dizia que 40% das mulheres entrevistadas afirmaram ter sido vítima de assedio, com comentários desrespeitosos, cantadas nas ruas ou assedio físico no transporte público. Com isso, é alta incidência de agressão contra a mulher em espaço público, o que ilustra bem a tolerâncias cultural e social à esse tipo de violência.    Fica evidente, portanto, que quando uma atitude é socialmente aceita, não há constrangimento por parte da pessoa que realiza, contribuindo para perpetuar a crueldade sofrida por mulheres. Nesse sentido, faz se necessário, que a mídia utilize sua capacidade de propagação para difundir campanhas governamentais para a denúncia de agressão contra o sexo feminino. Além disso, as instituições de educação poderiam promover aulas de Sociologia, História e Biologia, que enfatizem a igualdade de gênero, por meio de palestras, materiais históricos e produções culturais, com o intuito de amenizar e, futuramente, acabar com essa problemática.