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Enviada em: 25/09/2017

Emancipação do legado colonial      No Período Colonial, houve a disseminação do ideal da figura masculina em detrimento da feminina. Diante disso, era tolerado qualquer ato de violação contra o sexo oposto. Não raro, atualmente, de forma frequente, toma-se conhecimento, decorrentes dos mais variados veículos de informação que o Brasil vem enfrentando problema relacionado à persistência da violência contra a mulher, cujos efeitos contribuem para a rescisão da coletividade e prejudicam o desenvolvimento da figura feminina. Nesse sentido, é preciso entender suas verdadeiras causas para solucionar esse problema.     Em primeiro plano, vale ressaltar que essa conduta é corroborada por fatores socioculturais. Conforme Durkheim, os agentes reais ou maneiras inseridas na sociedade definem as ações dos indivíduos. Partindo dessa análise, percebe-se que a permanência da violência contra a mulher associa-se ao fundamento apresentado, uma vez que um jovem - desprovido de esclarecimento - vive em um ambiente familiar com essa postura, tende a adotá-la devido à experiência em grupo. Dessa maneira, evidencia-se o prosseguimento de atos de violação contra a mulher - física, psicológica e moral, por exemplo -, difundidas aos descendentes, opera como alicerce de estímulo, enraizando o problema no país.      Outrossim, é possível observar que essa circunstância deve-se a questões políticas estruturais. Segundo Aristóteles, no segmento do estatuto, a política aplica-se de modo que, por meio da jurisdição, seja atingido o equilíbrio social. Não obstante, nota-se que, no Brasil, a persistência da violência contra a mulher quebre esse ideal; tendo em vista que, embora a Constituição assegure a integridade física e moral do indivíduo, é notória a continuidade de casos de violação contra a figura feminina. Conforme o Conselho Nacional de Justiça, somente 33,4% dos casos notificados foram julgados entre 2006 e 2011, logo, perpetuando essa mazela social.      Fica evidente, portanto, a necessidade de combater a persistência da violência contra a mulher. Assim, cabe à escola, instituição educadora por excelência, elaborar palestras sobre atos de violência na infância e as consequências transmitidas ao longo da formação do indivíduo, com o intuito de desconstruir que esses ideais sejam repassados às gerações futuras. Ademais, o Estado, por ser promotor do bem-estar social, veicular campanhas e cartilhas nas comunidades, a fim de esclarecer os direitos sociais e estimular o engajamento da população no combate da violência contra a mulher. Sob essa ótica, poder-se-á garantir a ruptura do legado sustentado desde o Brasil Colônia.