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Enviada em: 23/02/2018

Não se pode debater sobre as mulheres apenas nos dias 8 de março (Dia Internacional da Mulher) e 25 de novembro (Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher) torna-se necessário abordar este assunto frequentemente, pois os índices de violência contra o sexo feminino aumentaram em 230%, onde 43,7 mil mulheres foram assassinadas nas últimas décadas, segundo os dado do Mapa da Violência. Dados alarmantes para um país que idealizava a figura feminina na época do Romantismo.               Feminicídio: assassinato de uma mulher pela condição de ser pertencente ao gênero feminino, com motivações ligadas ao ódio, desprezo, sentimento de perda do "controle" ou propriedade sobre a moça. Crime comum em países que apresentam desigualdade de gênero, a exemplo do Brasil, em que ocorrem 13 casos de feminicídios por dia, e neste índice consta o caso da chacina, ocorrida na cidade de Campinas, no ano de 2017, após às comemorações de ano novo. A criminalidade foi motivada pela não aceitação do casamento - perda do controle e da propriedade - e a restrição imposta ao contato com o filho, todas estas circunstâncias motivaram o assassinato de 12 pessoas, incluindo a ex esposa e filho do praticante do ato.              Toda esta persistência é produto de uma sociedade patriarcal e machista. A ideia do patriarcal, como o homem representado como o "chefe da família", surge na Roma Antiga, especificamente no período da Monarquia, onde o senado era composto exclusivamente de homens, isentando as romanas da participação política, dando a elas apenas o direito de cuidar da casa e filhos. A violência ocorre pois a Garota de Ipanema não obedeceu ao marido, pai; não gostou da cantada - assédio - que recebeu e por conta disso resolveu confrontar, por alguém que se sentir no direito de força-lá a fazer sexo contra a sua vontade e consentimento por conta da sua vestimenta curta ou provocadora. Ideais de um sistema social do patriarcado em que colocam a imagem do homem como forte, poderosa e inquestionável, já a imagem do sexo oposto é taxada como meiga e sensível. Estes elementos reforçam a ideia de superioridade do homem sobre a mulher, resquício de uma população machista.            Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. A escola em parceira com os pais devem trabalhar na educação dos meninos para desconstruir conceitos regressistas presentes na sociedade brasileira, já que, "O ser humano é aquilo que a educação faz dele", e com as meninas promover debates acerca da importância do empoderamento feminino na população brasileira.