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Enviada em: 25/02/2018

Muito discute-se acerca da violência doméstica no Brasil, que, ultimamente, vem atraindo cada vez mais atenção devido ao aumento de número de casos. O número de mulheres mortas aumentou, em média, 23% ao ano. Esse fato demonstra uma negligência por parte da segurança pública, mesmo após a criação da lei Maria da Penha. Ademais nota-se, também, um panorama cultural atrelado à cultura brasileira: o patriarcado masculino.         O conceito de “habitus”, isto é, o conjunto de práticas comportamentais distintas e distintivas, formulado pelo filósofo Pierre Bourdieu, é formado na infância. Nota-se, na cultura nacional, prática incentivadas, até mesmo pelos pais, que criam uma falsa superioridade de gênero; como, por exemplo, a divisão de brincadeiras entre masculinas e femininas. Nesse aspecto, geralmente, as meninas brincam de boneca e de vôlei enquanto os meninos brincam de carrinho ou futebol. Tal divisão cria, de maneira lúdica, uma antítese: a mulher é frágil e submissa e o homem é independente e forte.         Além disso, mesmo com a criação de uma lei para coibir a violência, esta continua aumentando. Uma mudança legislativa, com o intuito de aumentar a rigidez das leis, faz-se necessária e, também, uma maior fiscalização dos lares brasileiros. Para tanto, fiscais governamentais podem realizar visitas para averiguar as condições das famílias e, ainda, incentivar as mulheres a denunciar casos de violência doméstica, seja pelos próprios fiscais, ou por meio de propagandas governamentais nos mais diversos meios de comunicação.         Torna-se evidente, portanto, que a injustiça contra as mulheres, na atual conjuntura, tende a aumentar. Entretanto, com uma intervenção eficiente do estado ela pode ser reduzida de maneira drástica, contrariando, assim, a tendência dos dados estatísticos atuais. Deve-se realizar, também, no âmbito familiar, uma mudança na postura de educar os filhos. Os pais devem demonstrar, por meio de conversas instrutivas, que ambos os gêneros são iguais e devem se respeitar mutuamente, alcançando, portanto, uma maior isonomia. Com essas medidas, o futuro brasileiro será mais democrático, menos violento, e a cultura deletéria do patriarcado será extinta.