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Enviada em: 01/03/2018

Desde a antiguidade com o surgimento das primeiras sociedades, onde o homem se fixara nas terras, existia um sistema patriarcal onde a figura do homem dominava sobre a da mulher. Essa estrutura social reflete hoje em misoginia, violência e até mesmo homicídios contra mulheres no nosso país. Embora existam leis que garantam proteção à elas, deve-se refletir sobre, o porquê existir a persistência dessa violência.       Apesar dos direitos já conquistados pelas mulheres na sociedade, sejam políticos - como o direito de voto na Era Vargas -, econômicos - como a possibilidade de mulheres ocuparem altos cargos em empresas -, existe uma enorme barreira social que compromete sua integridade física e moral todos os dias: o machismo. Que, embora exista no campo sociocultural, se manifesta de diversas formas, entre elas, principalmente pelos homens, através da violência.       Devido à isso, conta-se com a lei Maria da Penha, que objetiva garantir proteção às mulheres, e que, apesar de ter auxiliado muitas delas, não é suficiente. Isto porque, a sociedade ainda vê o feminicídio como caso isolado, e não como um reflexo de um sistema machista enraizado na sociedade e cultuado por nós. Além disso, apenas 4% aproximadamente do casos registrados na lei até hoje resultaram em prisão efetiva do agressor, revelando uma falha na aplicação da lei.       Portanto, deve haver, nos juizados e varas responsáveis pelos casos de violência contra a mulher, maior rigorosidade na aplicação prática da lei. Aliado à isso, com base nos dizeres de Simone Beauvoir: "Não se nasce mulher, torna-se", deve-se ensinar as meninas, desde jovem, que todas as imposições sociais e uma suposta supremacia masculina é resultado cultural de uma sociedade, e não uma verdade. Já que hoje, o papel da mulher lhe é atribuído desde cedo. Isso deve ser realizado através do Empoderamento Feminino, sejam em palestras em escolas ou em veículos midiáticos. Uma vez que leis não são suficiente para cessar a violência enquanto existir um sistema que corrobora com ela.