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Enviada em: 06/06/2018

O ser humano necessita viver em comunidade e estabelecer relações interpessoais. Todavia, perante a conjectura Aristotélica, política e naturalmente sociável, inúmeras de suas ações antiéticas  corroboram ao contrário. Nesse viés, hodiernamente, no que concerne à intolerância religiosa no território nacional, é perceptível que essa situação deplorável está intrínseca à sociedade civil por decorrência da falta de investimentos sociais. Urge, assim, uma mobilização homogênea conjuntura social e do Ministério Público para combater o estorvo.              Convém frisar, a princípio, que a intransigência religiosa é reflexo do convívio em um meio gregário portador desse proceder. Por esse prisma, consoante ao postulado Durkheimiano, o fato social retrata uma maneira de agir e raciocinar, provida de exterioridade, coercitividade e generalidade. Sob tal perspectiva, depreende-se que o preconceito com crenças afrodescendentes assemelha-se à ótica do antropólogo, isto é, se uma criança convive em um âmbito no qual os indivíduos manifestam esse hábito, decerto, irá incorporá-lo por virtude da convivência em grupo. A lógica discriminatória, por conseguinte, é transmitida através de gerações, amplificando consideravelmente a inflexibilidade com crenças de matriz africana.          Outrossim, é pertinente enfatizar a displicência do Poder Legislativo como um aspecto preponderante para a intensificação da intolerância religiosa no tecido social. Conforme promulgado na Constituição Federalista, é dever do estado garantir a liberdade do culto de qualquer religião no solo nacional. À vista dessa cláusula, infere-se que os indivíduos cultivadores da religião indígena africana deparam-se, de fato, em uma circunstância de vilipêndio, pois, embora o preceito alegue a laicidade no estado brasileiro, é irrefutável que ainda se percebe uma inclinação para cultos cristão, além de apresentar irrisórias práticas preventivas para combater a intolerância religiosa no país. Referências do G1 salientam que de 10 pessoas crentes a religião africana 9 sofrem intransigência. Um direcionamento eficaz da jurisprudência, destarte, é fundamental para transpor a barreira do preconceito religioso.                           Portanto, indubitavelmente, medidas são necessárias para reverter esse cenário repugnante. A fim de mitigar o entrave, é imensurável a magnitude da família, em consonância com a instituição educacional para a fomentação do intelecto e da ética dos futuros adultos, podendo ocorrer mediante peças teatrais, pleitos e propagandas midiáticas que visem contemplar as divergências religiosas e respeitá-las, assim como apresentar as consequências da intolerância religiosa no corpo social, para que a pátria brasileira disponha de um desenvolvimento sociável e disciplinado. Em harmonia com a teoria Durkheimiana, em síntese, esse fato social será suplantado  gradativamente no Brasil.