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Enviada em: 16/06/2018

Nativos, africanos e portugueses– esse é o panorama que compõe a matriz étnica brasileira. São demasiadas as contribuições culturais oferecidas por cada contingente, inclusive a religião; entretanto essa última apresenta um quadro extenso de intolerância, iniciada no então Brasil Colônia pelos jesuítas e, culminada posteriormente, na repressão do catolicismo sobre as religiões africanas. Ou seja, inegável o fatídico princípio de segregação religiosa no país, sendo de extrema necessidade sua intervenção através da união social e governamental.   Segundo a "mecânica newtoniana", de Isaac Newton, um corpo tende a permanecer inerte caso não haja a atuação de uma força sobre ele; tal conceito, em analogia, explica criteriosamente a contínua e medíocre intolerância existente no Brasil. De fato não houveram movimentos sociais expressivos capazes de reverter a situação, como igualmente são quase nulos os feitos políticos, denunciando a pouca representação política e social que a minoria está associada.     No 5.° parágrafo da Constituição brasileira de 1988, por inviolabilidade, é assegurado ao cidadão o direito a liberdade religiosa. Contudo é de sabedoria geral que a teoria é distinta da prática e, de acordo com Platão, tal ocorrência é motivada pela infiel aplicação dos ideais do "Mundo das Ideias" (a Constituição, no caso) no "Mundo dos Homens" (atual sociedade brasileira), pois essa é influenciada pela imperfeição e interesses da maioria. Isto é, a falta de leis e punições comprovam o amplo caráter preconceituoso que contraria até mesmo o suprassumo jurídico brasileiro.       A situação supracitada corrobora a banal sociedade brasileira que desafia o direito à liberdade que deveria representar interesse público. Obrigatoriamente deve-se implementar uma solução; um método viável seria a criação de uma lei de caráter obrigatório para, pelo menos, uma aula de "ética e religião" semanal nas escolas do país, criando, portanto, cidadãos responsáveis e com notório respeito à diversidade, tanto social e política quando religiosa.