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Enviada em: 27/08/2018

A Magna Carta Brasileira, de 1988, garante o direito à vida, à igualdade e à liberdade. Todavia, a prática deturpa a teoria uma vez que a intolerância religiosa se faz presente no país ainda que discretamente fruto de uma ética cristã fundamentada no Catolicismo já ter sido a religião oficial do Brasil.       Antes de tudo, é necessário constatar que o Brasil é composto por diversas culturas e consequentemente há diferentes escolhas religiosas convergindo num só ponto: fazer o seu praticante melhor e/ou tornar a vida dele melhor - ou pelo menos torná-la um pouco mais “feliz”. Logo, é inadmissível que haja interferência, não consentida, de outrem na ótica de mundo de um indivíduo; de tal modo que o artigo 6 da Constituição Federal afirma ser dever do Estado garantir a liberdade de culto das pessoas.       Somado a isso, tem-se o fato de que a população é participante indireta nos casos de violência contra opções religiosas, principalmente, contra religiões africanas. Por exemplo, no infeliz comentário de um narrador esportivo que usou uma expressão pejorativa em uma fala - posteriormente - se desculpou ao perceber a ofensa religiosa. Tal atitude revela que a intolerância religiosa continua a ocorrer discretamente no cotidiano e é preciso alertar a população que atitudes como o do narrador pode ser considerado um crime se a pessoa se sentir constrangida ou ofendida.       Diante desses impasses, é preciso garantir o fim desse crime sutil, mas não menos relevante na construção de uma sociedade mais aberta às diferenças. Destarte, o Ministério da Cultura deve investir mais no desenvolvimento de obras, palestras e representações artísticas nas escolas e nos canais televisivos para conscientizar a população no que tange ao respeito das diferenças em um país tão miscigenado como o Brasil.