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Enviada em: 25/07/2018

Intolerância: uma cultura enraizada    A intolerância religiosa é compreendida como a falta de habilidade em reconhecer e respeitar diferentes crenças religiosas. Esta, é alimentada ao longo dos anos, por raízes implantadas na época da colonização e firmada por políticas que não são aplicada de forma efetiva. Deste modo, compete analisar como a herança histórica-cultural do Brasil, assim como suas políticas falhas contribuem para a disseminação da intolerância.   No momento em que se iniciou a colonização do Brasil, a Coroa Portuguesa juntamente com a Igreja Católica estabeleceram, que o catolicismo fosse a religião dominante do país, marginalizando assim outras crenças. A sociedade, incorporou a religião imposta pelo governo e passou a reproduzir preconceitos contra outras religiões. Anos depois, mesmo com a adoção de um Estado Laico, a intolerância permanece enraizada no pais, alimentada por uma cultura etnocêntrica.    Além disso, nota-se que o poder público também contribui para a manutenção da intolerância religiosa. Isso ocorre em vista que, mesmo que a Lei de Diretrizes e Bases da Educação tornarem a disciplina de religião facultativa para redes públicas de ensino, o Estado não fiscaliza as quais tenham adotado a disciplina em sua carga horária. Desta maneira, muitas escolas acabam por ensinar apenas um tipo de crença, contribuindo ainda mais para uma cultura de preconceito e intolerância com as demais religiões. Não é por menos que, mais de 200 denúncias sobre intolerância religiosa foram feitas em menos de três anos, de acordo com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.    Fica-se evidente então, que a intolerância religiosa deve ser combatida. Para esse fim, cabe ao Ministério da Educação tornar obrigatório o ensino de todas as crenças e fiscalizar as mesmas. Além disso, a Secretaria dos Direitos Humanos, deve juntamente com o Ministério da Educação, promover palestras e debates para desconstruir o preconceito já enraizado na sociedade brasileira.