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Enviada em: 27/07/2018

A religiosidade está presente na vida do homem desde a pré-história, o ser humano têm uma necessidade de explicação sobre o mundo e as religiões são uma forma de dar sentido à vida, embora as religiões institucionalizadas sofram mudanças ao longo do tempo. Nos últimos tempos vemos um crescente aumento da intolerância religiosa no Brasil, chegando até a atos de violência física. O estudo histórico da maioria das religiões ofertado pelo Estado pode ser um caminho para o combate da intolerância religiosa no Brasil.        O Estado é laico, ou seja, não deve haver interferência de correntes religiosas nas matérias sociais, politicas e econômicas, deve-se governar para todos sem privilegiar nenhum crença. Contudo, a liberdade religiosa também é garantida por lei, todos têm o direito de professar sua fé em segurança e liberdade e ofensas e tratamento diferenciado por motivos de crenças religiosas são crimes inafiançáveis e imprescritíveis.      O Brasil é um país de maioria cristã, mas também existem professantes de outras fés, como judaísmo, islamismo e religiões afro-brasileiras. Estes últimos são as principais vítimas de discriminação. Recentemente foi notícia na imprensa um caso de agressões físicas a uma mulher por ser considerada uma macumbeira. Este caso demonstra o grau de desconhecimento e pre-conceitos a respeito dos dogmas e das práticas das religiões afro-brasileiras.         O maior desafio diz respeito à forma como o ensino da religião deve ser introduzido nas escolas, para não se correr o risco de haver uma pregação teológica privilegiando alguma crença em particular e assim aumentar ainda mais a intolerância com as outras formas de viver a religião.          Portanto, o ensino histórico da maioria das religiões nas escolas é um caminho para aumentar a compreensão sobre o assunto e assegurar que todas as pessoas possam professar sua fé sem sofrerem discriminação e violência. Para tanto é necessário que o Estado invista na formação do profissional que irá ministrar o ensino e estabeleça na legislação o nível de competência mínimo exigido. A religiosidade e as religiões são questões importantes para a sociedade porque fazem parte da dimensão humana e o Estado deve promover ações e caminhos para que todos possam professar sua fé em segurança e liberdade.