Materiais:
Enviada em: 14/08/2018

Diversas religiões contemplam o Brasil, católica, evangélica, judaica, afrodescendente ou islâmica, vindas ao longo da história de diferentes localidades e culturas. Entretanto, essa diversidade não significa respeito e tolerância, visto que o país desde a colonização sofreu imposições e violências devido as suas crenças. Portanto, há consequências históricas que prejudicam a sociedade brasileira até os dias atuais, com religiões que pregam superioridade e perpetuam o preconceito, e com o Governo que não cumpre com a responsabilidade de manter o Estado Laico.     Sobretudo, o Brasil assegura a todos os cidadãos a liberdade de crença religiosa e exercício de cultos e adorações, como consta na Constituição Federal de 1988. Contudo, inúmeros ataques ocorrem contra alguns manifestos religiosos, a exemplo, a quebra de imagens consideradas sagradas ou até invasões de terreiros que praticam religiões de matriz africana, as quais são as mais atacadas no Brasil, sendo aproximadamente 70% dos casos. Por certo, essa intolerância advém da historiografia brasileira, como consequência da colonização e escravidão africana. Outrossim, há também ideais de superioridade, o qual os portugueses cristãos possuíam quando catequizaram os índios nativos.     Inquestionavelmente, esse ideal se manteve entre os brasileiros, influenciando na política, tal qual não respeita plenamente o Estado Laico. Pois, ao analisar o fato de instituições públicas, como cartórios, escolas e a Câmara dos Deputados possuírem em seu interior imagens cristãs, é perceptível o desrespeito a outras religiões. Ademais, o Brasil dispõe de uma Bancada Evangélica, a qual possui apenas representantes cristãos, sendo que o país conta com infinidades de religiões que não possuem tal representatividade. Enfim, se Governo não garante o respeito, a sociedade também não garantirá, pois o Governo é a representação de seu povo.    Em suma, é necessário combater a intolerância religiosa no Brasil. Portanto, o Ministério da Educação em parceria com o Ministério da Cultura e algumas escolas, devem produzir debates e palestras com professores sociólogos e representantes religiosos, sobre a importância da diversidade religiosa, sem que haja superioridade entre elas, visando o conhecimento e respeito. Além disso, o Governo Federal deve abolir imagens religiosas de instituições públicas e políticas, para que haja respeito diante das demais crenças. Faz-se necessário também, que o Governo Federal do Brasil analise a permanência da Bancada Evangélica, visando se há necessidade de mantê-la, se for o caso deverá portanto efetuar uma mudança, transformando-a em Bancada Religiosa, na qual abrangerá a maioria das religiões brasileiras.