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Enviada em: 19/08/2018

"Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil".  É incontrovertível que o Brasil é um país de imensa variabilidade cultural e étnica. Apesar disso, no que diz respeito à questão religiosa, se observa a continuidade da intolerância, principalmente em relação aos cultos de matriz africana.  Nesse sentido, faz-se necessário o combate deste preconceito, tendo em vista que o mesmo se dá por motivos de ignorância, perpetuação de raízes históricas etnocêntricas e insuficiência nas medidas educativas aplicadas pelo governo. Em primeiro plano, cabe ressaltar que a cultura afrodescendente foi subjugada desde o período imperial brasileiro, devido à escravidão desses povos. De acordo com pesquisas realizadas pela Universidade de São Paulo, 80% dos casos relacionados à violência religiosa são contra religiões africanas.   Dessa forma, mostra-se ainda presente na sociedade as raízes da escravidão abolida há mais de um século. Outrossim, o Estado mostra-se ineficiente no que tange o ensino religioso nas escolas. Basta observar que aulas de ensino religioso têm foco em religiões cristãs, o que acaba por ressaltar distorções de realidade etnocêntricas de caráter hegemônico. Segundo Isaac Newton, um corpo tende a permanecer em repouso a menos que esse seja submetido à uma força suficiente para alterar seu estado inercial.   Assim sendo, verifica-se a necessidade de mobilização para que se altere a inércia a qual o Brasil se submete no relativo à intolerância religiosa; para tanto faz-se necessário que o Ministério da Educação implemente à grade curricular nas escolas o ensino de diferentes religiões. Além disso é mister que a população se organize via redes sociais, promovendo passeatas e eventos visando a promoção da diversidade cultural. Dessa maneira será possível uma convivência mais equânime e um país mais justo para todos.