Materiais:
Enviada em: 23/08/2018

Axé, dreadlocks, macumba, Iemanjá, turbantes, patuás. Essas poucas palavras exemplificam símbolos importantes para as religiões afro-brasileiras que são ou tratados como chacota ou apropriados por outras culturas. Por esses motivos, a discussão sobre a marginalização dessas religiões é imprescindível contra sua invisibilização.   Devido à grande quantidade de ataques físicos e morais sofridos pelas religiões africanas, seus seguidores tendem a esconder sua religiosidade e até mesmo realizar seus ritos de maneira camuflada. Além disso, sofrem repressão ao terem seus rituais e símbolos transformados em piadas nos círculos sociais. Assim, a intolerância religiosa, quando voltada contra religiões de matriz africana, causa o apagamento da cultura afro-brasileira   Essa intolerância religiosa repressora têm suas raízes no racismo institucional no Brasil, infeliz fruto dos 300 anos de escravidão no país. Observa-se, em primeira instância, a persistência de crimes contra terreiros, que incluem: depredação, destruição e até mesmo incêndios. Demonstrando, assim, a reverberação de preconceitos derivados de costumes de mais de dois séculos. Evidencia-se, portanto, que o racismo enraizado na sociedade brasileira tem como efeito a intolerância em relação a religiões afrobrasileiras, causando o apagamento de tais culturas.      Assim, cabe às prefeituras a realização de eventos municipais exaltando a cultura afrobrasileira e, ainda, é papel da mídia promover mais representatividade à população afrodescendente. Logo, é esperado que essas medidas ensinem o valor das religiões de origem africana e ao invés de invisibilizá-las, apague o preconceito.