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Enviada em: 05/09/2018

A intolerância religiosa no Brasil é um problema preocupante e desafiador.Em um contexto marcado por violência,discriminação e repressão histórica,os praticantes de religiões de descendência africana encontram-se fragilizados.É um dever do Estado e da sociedade intervirem par reverter a persistência do exposto.     Em primeiro lugar,o que se nota,segundo a Secretaria dos Direitos Humanos,é o aumento dos índices de violência e discriminação contra praticantes de umbanda e candomblé.As raízes dessa prática encontram-se no processo de colonização brasileira,quando Portugal impôs sua religião sobre os índios e mais tarde com a introdução da escravidão,sobre os escravos africanos,nesse estágio começou a perseguição contra cultos e rituais que não fossem católicos,eram considerados paganismos e bruxaria.E assim consolidou-se a discriminação religiosa no Brasil,assolando essa parcela da população por séculos,e hoje mesmo com a constituição vigente garantindo a laicidade do Estado e dando liberdade ao culto religioso,pessoas estão estão sendo feridas e humilhadas.    A impunidade brasileira permite a propagação da violência,nos últimos meses situações como terreiros incendiados,pessoas sendo agredidas verbalmente e fisicamente,tornaram-se frequentes nos noticiários,revelando uma situação insustentável e que exige mudanças.Segundo o Código Penal brasileiro,todo e qualquer tipo de ato intolerante relacionado a religião,é considerado crime de ódio,teoricamente esses praticantes têm liberdade ao culto e à proteção,prevista pela legislação,porém na realidade o que se vê é o oposto.O importante não é viver,mas viver bem,segundo Platão,a qualidade de vida é tão importante que ultrapassa a da própria existência,nesse sentido,devemos focar em melhorar a vida dos afetados e punir severamente esses crimes.     Diante do exposto,medidas fazem-se necessárias para resolver a problemática,primeiramente cabe ao Estado acabar com a ideia de impunidade,por meio do poder Legislativo,criando leis mais específicas e mais rígidas em relação aos atos coercivos,e punições mais severas para aqueles que não as cumprem.Some-se a isso projetos de conscientização nas escolas,partindo do Ministério da Educação em conjunto com o Ministério da Cultura,a fim de propagar o respeito entre as novas gerações e o conhecimento sobre a cultura das pessoas que construíram esse país,para concretizar essa ideologia a longo prazo.Ademais,cabe a sociedade sensibilizar-se e intervir quando presenciar esses crimes,através de campanhas instrutivas na mídia,orientando os sobre os direitos e os lugares de denúncia.Por fim,a junção de todos esses fatores propiciará em um legítimo combate a intolerância religiosa no Brasil,proporcionando a reversão do problema e melhorando as relações intersociais.