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Enviada em: 11/10/2018

Apesar da inércia ser uma lei física, ela se encaixa também na questão do desrespeito com a opção religiosa. Uma vez que a intolerância religiosa se faz presente no país – ainda que discretamente – e é fruto de uma ética cristã solidificada pelo longo período de duração do Catolicismo como religião oficial. Porém, o principal fator da existência do preconceito contra religiões é devido a ineficácia da política atual na perpetuação da anomia.       Segundo o sociólogo Émile Durkheim, a anomia é uma negação da ordem quando as normas são ineficazes, ocasionando o enfraquecimento do poder do Estado e, por conseguinte, o estímulo do preconceito. Preconceito, esse, praticado indiretamente – ou não – em comentários maldosos sobre uma prática de religião, por exemplo a macumba, ainda é visível no cotidiano brasileiro.        Apesar da diversidade cultural – e religiosa – brasileira deparar-se com esse tipo de violência é um absurdo, ainda mais quando a Constituição Federal garante a liberdade de culto. Sem mencionar o fato de que independente da crença religiosa, todas elas convergem para tornar a vida de seu membro melhor, isto é, torná-lo mais “feliz”. Por isso, é inadmissível que haja interferência de outrem na ótica de mundo de um indivíduo seja ele religioso ou não.       Diante desses impasses, é preciso garantir o fim dessa prática sutil, mas não menos relevante para a construção da verdadeira democracia, isto é, mais aberta às diferenças. Destarte, o Ministério da Cultura deve investir mais no desenvolvimento de obras, palestras e representações artísticas nas escolas e nos canais televisivos, para conscientizar a população no que tange o respeito as diferenças religiosas em um país com tamanha miscigenação como o Brasil.