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Enviada em: 21/10/2018

Segundo o psiquiatra e escritor brasileiro Augusto Cury, "frágeis usam a violência e fortes as ideias". Assim, de acordo com os ideais do autor, observa-se a dificuldade da sociedade brasileira em adotar medidas que visem combater a intolerância religiosa no país. Desse modo, vale discutir os aspectos que impossibilitam tal ação além dos fatores que dificultaram o extermínio desses atos na população.   Em primeiro lugar, vale ressaltar, que o contexto histórico do Brasil dificultou o combate da intolerância religiosa. Isso se deve, desde o período colonial, pelo processo de catequização, implantado pelos jesuítas, que prejudicou povos, como os indígenas, a exteriorizarem suas verdadeiras práticas religiosas. Destarte, a implementação do catolicismo, ocorrida de maneira majoritária nesse período, impossibilitou o desenvolvimento da diversidade cultural, principalmente em âmbito religioso, durante o processo de formação da sociedade brasileira e de seus costumes.   Entretanto, apesar do contexto histórico, falta de investimento na esfera educacional também contribuiu na disseminação da intolerância religiosa. De acordo com o filósofo Immanuel Kant, "o ser humano é aquilo que a educação faz dele". De maneira análoga, a falta de programas que visem trabalhar as diversas realidades vivenciadas pelos brasileiros, os quais possuem alto grau de miscigenação, provocou o aumento dos índices de preconceito e violência, principalmente contra a religião afro-brasileira.   Torna-se evidente, portanto, que medidas são necessárias para combater a intolerância religiosa no Brasil. Para isso, o MEC deve inserir nas escolas públicas programas que visem trabalhar as diversas matrizes religiosas, por meio de oficinas e rodas de conversa, com o intuito instruir a respeito identidade do país. Além disso, que nas universidades sejam realizados minicursos sobre as crenças religiosas, para toda comunidade, afim de sensibilizar a população a praticar o respeito pela diversidade. Dessa maneira, os brasileiros tornar-se-ão fortes e conscientes dos seus direitos e deveres, os quais são previstos pela constituição.