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Enviada em: 17/10/2018

Do tropeço à paz É fato que o Brasil enfrenta muitos casos de intolerância religiosa, em vista dos altos índices de denúncias das vítimas. Elas podem sofrer insultos ou até agressões, o que fere seus direitos. Nesse problema destacam-se o legado histórico-cultural e a influência do poder judiciário e legislativo, sendo necessárias medidas para combatê-los .    De início, é preciso considerar que o país tem uma tradição histórica de desrespeitar e desvalorizar crenças diferentes. Já no início da colonização, os portugueses decidiram cristianizar os habitantes nativos através dos jesuítas, sem considerar que eles tinham suas próprias crenças. Pode-se observar ainda hoje esse costume através de registros, na Secretaria de Direitos Humanos, de várias denúncias de intolerância aos cultos.    Ademais, os encaminhamentos nesses casos são ineficazes, pois os criminosos, quando são presos, recebem uma detenção curta, e não são conscientizados e educados sobre os crimes que cometeram. O sistema prisional brasileiro é muito deficitário e não cumpre seu papel de ressocialização dos indivíduos. Logo, os detentos saem da prisão com a mesma mentalidade que tinham ao cometer os crimes de intolerância, e podem cometer novos atos de agressão, o que não soluciona o problema.    Então, como disse Sócrates " Transforme as pedras que você tropeça nas pedras da sua escada", sendo necessário acabar com o impasse. Assim, o Congresso e o Senado devem aumentar, no código penal, a duração da detenção dos criminosos. Paralelamente, o Ministério da Cultura deve fornecer a eles, na cadeia, aulas sobre respeito às diversidades, ministradas por antropólogos. Além disso, o MEC deve fornecer palestras anuais, divulgadas pelos canais de televisão, sobre respeito aos cultos, em espaços públicos, como auditórios das faculdades. Só assim o Brasil deixará de tropeçar na intolerância, para promover seu desenvolvimento e a paz para os cidadãos.