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Enviada em: 19/10/2018

Na colonização brasileira houve intensas trocas culturais entre portugueses, índios e africanos que enriqueceram a atual cultura brasileira. Decerto, a religião foi um dos conhecimentos mais importantes a ser compartilhado, pois gerou a atual diversidade religiosa no país. Entretanto, essa heterogeneidade não significa respeito e tolerância, visto que, há religiões que não aceitam as outras e possuem líderes que incitam o ódio de seus fiéis. Por outro lado, há o Governo que pratica atitudes excludentes que só incentivam a intolerância.     Sobretudo, há religiões que possuem mais adeptos que outras, fazendo algumas se sentirem superiores em relação ao diferente, por serem a maioria. Inegavelmente, tal fato é comprovado ao analisar um episódio ocorrido na década de 80, no qual um pastor evangélico destruiu a imagem de uma santa católica. Além desse acontecido ser uma forma de intolerância, ele foi transmitido ao vivo em um canal de televisão, o que consequentemente incitou o ódio de seus seguidores e a revolta os religiosos atingidos. Portanto, a sensação de ser melhor que o outro influencia o desrespeito com o próximo. Certamente, esse sentimento originou-se na colonização, na qual os portugueses desrespeitaram a cultura e religião já existente, forçando uma catequização aos nativos por meio da Companhia de Jesus.    Primordialmente, a Constituição Brasileira assegura a todos os cidadãos a liberdade de crença e exercício da fé, sendo assim um Estado laico, pois não possui uma religião oficial. Contudo, em instituições governamentais como cartórios, tribunais e a Câmara dos Deputados, há símbolos religiosos que remetem a fé cristã, o que consequentemente fere o direito da crença como algo individual. Ademais, há também uma bancada religiosa no Congresso brasileiro, porém representa apenas uma das inúmeras religiões que contemplam o país. Por conseguinte, essas atitudes são excludentes com grande parte da população que tem seus direitos feridos pelos cidadãos e pelo Estado.     Em síntese, para que a intolerância religiosa no Brasil seja combatida e os direitos da população garantidos, o Ministério da Educação junto com Instituições educacionais deve disponibilizar palestras com representantes de diversas religiões e professores sociólogos, para mostrar didaticamente a importância da diversidade religiosa e a não existência de superioridade entre elas, incentivando o respeito a diversidade. Outrossim, o Governo Federal deve analisar seus atos e praticar medidas para evitar a exclusão religiosa e respeitar a população por completo.