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Enviada em: 21/10/2018

Tem intolerância no percurso       Consoante ao poeta Cazuza,"Eu vejo o futuro repetir o passado ...",a intolerância religiosa não é um problema atual.Desde a colonização,os jesuítas catequizavam os índios obrigatoriamente,desrespeitando vontade própria,e cultura.De mesmo modo,na contemporaneidade, as dificuldades para o convívio em harmonia entre diferentes culturas e religiões persiste na sociedade brasileira,seja pela lenta mudança da mentalidade da sociedade,seja pela eficiência das leis.       É indubitável que uma educação inapropriada e a herança de superioridade advindas da colonização ,estão entre as causas da persistência da intolerância religiosa,tendo em vista que fiéis de religiões afro-brasileiras,são um dos alvos de agressões verbais e físicas ,além do preconceito e racismo .De maneira análoga a Freud em seu livro,"Psicologia das Massas e Analise do Eu",indivíduos tendem a suprimir o ego e agir de acordo com o meio,oprimindo as diferenças.Assim,ressalva-se a importância de certos setores da sociedade,a exemplo da família e escolas,na formação cidadã dos brasileiros,para que o cenário visto com a intolerância deixe de ferir a Declaração Universal dos Direitos Humanos e se modifique positivamente.       Convém ressaltar,que a Constituição Federal de 1988,em vigor até os dias de hoje,é assegurado o direito, de crença religiosa,além de proteção e respeito.No entanto,ameaças de violência física, faz com que fiéis tenham medo de denunciar e não  receber o amparo da justiça,o que dificulta os caminhos para combater essa vicissitude.De acordo com a Secretária de Direitos Humanos da presidência da República,em 2013,duas a cada dez pessoas que relataram seus episódios,sofreram agressões físicas,alastrando, consequentemente, as marcas emocionais e sociais da intolerância.       Parafraseando Drummond,para que retire as pedras do caminho,destarte é necessário que o Governo Federal em parceria com o Ministério da Educação,financie projetos educacionais nas escolas,através de uma ampla divulgação midiática, que inclua propagandas televisivas,entrevistas em jornais e debates entre professores e alunos,sobre as  diversidades religiosas.Nesse sentido,o intuito de tal medida deve ser o diagnóstico das carências de cada ambiente escolar,e a minimização do problema.Ação iniciada no presente,é capaz de modificar o futuro de toda a sociedade brasileira.