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Enviada em: 24/10/2018

A Carta Magna assegura a todo cidadão o direito a liberdade de crença religiosa. No entanto, os casos frequentes de intolerância comprovam que as pessoas não experimentam ainda esse direito na prática. Com efeito, para combater ao preconceito é necessário analisar e reconhecer suas principais causas, que estão ligadas à criação de estereótipos pela mídia e aos pensamentos herdados ao longo dos anos na história do Brasil.        Em primeiro lugar, é importante ressaltar, que o ser humano é influenciado por tudo aquilo que ouve e vê. Como já foi dito por Theodor Adorno, sociólogo alemão, a mídia ataca a liberdade de pensamentos dos indivíduos quando força imagens, quer seja errônea ou não, em suas mentes. Então quando uma pessoa acompanha uma notícia sobre algum evangélico ou assiste a novelas que mostram esses religiosos sendo ignorantes, preconceituosos e extremamente moralistas, infelizmente, essa é a imagem que fica sobre esses fiéis.        Outrossim, é notório que grande parte dessa intolerância está enraizada no pensamento que advém da história brasileira. No tempo das grandes navegações, os portugueses chamavam alguns grupos de africanos de bruxos. Com o aumento da escravidão desse povo veio o aumento do preconceito e eles tiveram que se submeter a prática do cristianismo imposta pelos jesuítas a mando da coroa portuguesa. Hoje em dia, consequentemente, as religiões africanas são vistas como bruxaria e macumba.        Fica claro, portanto, que mesmo com o artigo 208 do código penal brasileiro, que criminaliza e pune a intolerância religiosa, os casos ainda continuam acontecendo. É necessário que os estereótipos sejam combatidos desde cedo e que o respeito seja praticado. Portanto, o Ministério da Educação deve incluir, obrigatoriamente, em colégios públicos e particulares o ensino das religiões desde o Ensino Fundamental. E também deve incentivar a população a visitar centros religiosos, promover palestras e programas de televisão e rádio, visando o conhecimento das religiões para que os estereótipos sejam desmascarados.