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Enviada em: 24/10/2018

Weber defendia como tese que os processos e fenômenos sociais são dinâmicos e mutáveis, os quais necessitam ser interpretados para que deles se extraia o seu sentido. Nessa lógica, pode-se afirmar que a questão da intolerância religiosa no Brasil exige uma discussão mais ampla, sobre como uma sociedade que se declara civilizada e globalizada ainda perpetua atitudes que provocam retrocesso, como a discriminação de certas religiões e suas crenças.      É pertinente considerar, antes de tudo, o papel subjetivo da coletividade. Para Durkheim a consciência coletiva é capaz de coagir os indivíduos a agirem de acordo com as regras de condutas prevalescentes. Seguindo essa linha de pensamento, é possível perceber que, no Brasil, persiste ainda uma sociedade que não superou os desafios para acabar com a intolerância com certas religiões, como atitudes de agressões e ofensas à diversas culturas e manifestações religiosas. Dessa forma, a ignorância coletiva acaba negligenciando a constituição brasileira, que defende e assegura a liberdade de todas as crenças e religiões.      Paralelamente, devemos também destacar as consequências dessa problemática, que afeta diretamente as manifestações religiosas e seus praticantes. O Brasil é considerado um país laico, que tem uma posição neutra em ralação às religiões. Em consequência disso possui uma grande diversidade de crenças e culturas, como por exemplo, a afro-brasileira. Entretanto, esse grupo é o que mais sofre com a discriminação e violência. De acordo com a secretaria de direitos humanos, isso acontece por meio de tratamentos diferenciados ou até mesmo agressões físicas.        Ficam claros, portanto, os desafios para acabar com a intolerância religiosa no Brasil, e que esse fato social causa regresso. Logo, é imprescindível que por meio de associações do Estado, a questão da intolerância com certas crenças seja incluída em debates através de campanhas publicitárias veiculadas nos meios de comunicação de massa, tais como televisão, rádio, bem como nas redes sociais, com o intuito de acabar com as violências a certos dogmas religiosos, e também informar acerca da liberdade de todas as crenças. Outrossim, a escola como formadora de opiniões, deve promover atividade lúdicas com os alunos, mostrando a diversidades existentes no país e que cada um tem sua cultura e religião, objetivando a ausência da discriminação. Assim em consonância com as ideias narradas com Weber, se forme uma sociedade mutável, com a possibilidade da diminuição dessa problemática no Brasil.