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Enviada em: 25/10/2018

Preconceito religioso enraizado       O Brasil é conhecido como um país de grande diversidade cultural e religiosa por consequência de sua colonização. Entretanto, mesmo com uma grande miscigenação, o país ainda se encontra em um intenso cenário de intolerância de crenças. Deste modo, é necessário a conscientização da população e o fortalecimento de leis punitivas.        Primeiramente, a forte influência católica que presenciamos nos dias de hoje vem desde a chegada dos portugueses às "Índias". Além de que, os povos indígenas foram impostos a aceitarem uma nova religião e passarem pelo processo de catequização dos padres jesuítas, desprezando completamente sua doutrina anterior. Com isso, o Brasil foi se construindo por cima de uma base religiosa prioritariamente católica, levando a exclusão e rejeição de diversas outras crenças que se desdobra até os dias atuais por consequência de uma falta de conscientização.      Ademais, a lei nº 9.459, de 15 de maio de 1997, considera crime a prática de discriminação ou preconceito contra religiões. Contudo, mesmo com a sanção de uma lei que condene atos contra a liberdade de expressão, pesquisas apontam que as ocorrências de descriminação ainda persistem. Dessarte, o Governo Federal deveria apresentar um olhar mais atento e cauteloso aos casos de intolerância religiosa para garantir o livre exercício de cultos e liberdade de crença, como consta na Constituição Federal.       Infere-se, portanto, que é essencial a conscientização popular sobre a diversidade religiosa e o devido endurecimento quanto às leis. Sendo assim, cabe ao Poder Legislativo, pôr meio do Ministério da Educação, a implementação de palestras sobre religiões visando conscientizar crianças e jovens para - gradativamente- reduzir o preconceito. Além disso, cabe ao Governo Federal construir delegacias especializadas que atendam denuncias de ódio contra crenças, exigindo, ainda, o aumento da pena para quem o pratica, a fim de reduzir o preconceito religioso enraizado.