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Enviada em: 31/10/2018

Guerra religiosa    A violência decorrente da intolerância religiosa é fruto do repúdio ao outro ou à crença que não condiz com a própria, tendo sido fixada expressivamente em território brasileiro com a chegada dos portugueses, que impuseram sua religião católica como forma de dominação cultural e afirmação da superioridade.    O cenário de violência como consequência da falta de condescendência e compreensão do outro pode ser constatado no Oriente Médio, a exemplo, onde grupos fundamentalistas como o Al Qaeda e o Estado Islâmico interpretam seus textos sagrados literalmente, defendendo a supremacia religiosa com atitudes extremistas. Grupos como estes estabelecem um estereótipo em relação aos muçulmanos, dando espaço a outra forma de preconceito: o racismo.    No Brasil, as heranças coloniais deixadas por Portugal foram muitas, dentre as quais se destaca o preconceito racial, que explica categoricamente o motivo pelo qual as religiões de origem africana são principais alvos de discriminação. Paralelamente, religiões como o candomblé, que possuem caráter de resistência étnica frente à repressão, tal como a Igreja Católica no Brasil colonial ou na Idade Média, representam uma ameaça à denominada "superioridade" de determinadas crenças, ideologia que pode ser esfacelada.    A Constituição de 1988 prevê um Estado brasileiro laico, assegurando a livre expressão de diferentes religiões e pensamentos. Portanto, ações intolerantes como a violação de rituais sagrados devem ser combatidas e prevenidas por órgãos do Estado, especificamente da segurança nacional, além da realização de campanhas - para difundir a importância da denúncia a crimes que ferem a liberdade de expressão - pelo governo em parceria ao Ministério da Educação e órgãos integrantes.