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Enviada em: 01/11/2018

A reprodução do ódio em pleno século XXI   O período colonial fez do Brasil um país plural em culturas, como a religiosa, na qual boa parte da população se sustém a fim de encontrar a paz. No entanto houve neste período forte inibição de culturas religiosas, atualmente denominadas afro-brasileiras. Com efeito adeptos das religiões afro-brasileiras sofrem diariamente com violências, bem como com vandalismo em seus locais de culto, por não se enquadrarem em cultos de origem judaicos-cristão. O aumento latente da intolerância religiosa dentro da sociedade brasileira se dá pelo passado escravocrata do país, em que culturas religiosas politeístas foram refreadas através da catequização. Isso resultou em uma população monoteísta que tenta apagar, ainda hoje, religiões advindas de povos indígenas e africanos, através de violências, físicas, psicológicas e verbais. Nelas, há uma afirmação da ideia de inferno para os adeptos das religiões afro-brasileiras, personificando e demonizando assim os deuses dessas religiões. Nos campos das tensões sociais, há uma forte represália aos locais de cultos de religiões, como Candomblé, mesa branca e etc. Isso mostra um total desrespeito à constituição brasileira que prevê liberdade religiosa e de culto a qualquer cidadão. É importante ressaltar que a intolerância religiosa, apesar de ser mais acentuada em religiões de matriz africana pode atingir todas as religiões, como no caso histórico do holocausto contra os judeus na Alemanha. Gilberto Freire, em Casa Grande e Senzala, diz que é importante que a sociedade não seja uma reprodução do Brasil colonial, ou seja, erros elencados a imposições do colono português não devem ser repetidos. Portanto torna-se evidente que as instituições públicas devem criar leis mais severas, para punir os intolerantes religiosos. O Governo deve promover, juntamente com o Ministério da Cultura, palestras educativas sobre como lidar com as diferencias, sejam elas religiosas. O Ministério da Educação deve promover dentro das escolas o ensino religioso de todas religiões brasileiras, contudo, esses ensinos devem ser norteados por linhas históricas e não religiosas. Cabe também aos cidadãos repudiar todas as formas de intolerância a fim de promover um convívio harmonioso em sociedade.