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Enviada em: 25/02/2019

Em meados de 1500, durante a colonização do território brasileiro, foi comum a imposição religiosa jesuítica para com os indígenas da área, de modo que a sociedade brasileira foi instaurada em bases, principalmente, cristãs. Com o desenvolvimento do Brasil e sua forte miscigenação, o país tornou-se laico, porém pela histórica e crescente demonização de pilares religiosos como os de crenças africanas contrários à maior religião do país, o cristianismo, é possível, ainda, testemunhar situações de violência contra outras crenças fazendo-se necessário ampliar os meios de combate à discriminação religiosa no Brasil.       ''A religião não uma doutrina, mas sim algo nascido da experiência pessoal.'' A frase expressada pelo monge alemão Martinho Lutero aponta a necessidade de intimidade de cada um para inserir-se nas bases religiosas existentes. Contudo, aproximadamente 88% sociedade brasileira que de acordo com o IBGE segue as bases cristãs ainda tem dificuldade em denotar respeito para com o próximo e sua crença ocasionando casos de violência como é possível exemplificar no caso da idosa de 65 anos agredida verbal e fisicamente pela vizinha na região da baixada Fluminense em 2017 por ser adepta ao candomblé.       Assim, como o caso citado, dados liberados pelo Ministério dos Direitos Humanos afirmam que entre 2017 e 2018 houve um aumento de 56% nos índices de intolerância religiosa no Brasil, além disso no disque 100, 25,6% dos casos denunciados eram contra religiões de base africana expressam a contradição em relação a construção histórica do país pela sua forte simbiose cultural como também opõe-se ao ideal de liberdade de expressão e de crença assegurado pela Constituição Federal de 1988.       Portanto, pela evidente necessidade de combater a intolerância religiosa, faz-se necessário que o Poder Legislativo crie projetos de lei que amplie as punições sobre casos de discriminação religiosa como também instaure métodos mais eficazes de fiscalização das leis visando penalizar o ódio contra as religiões que compõe o país. Além disto, as escolas, em vista de seu direito de inserir o ensino religioso, introduzam as ciências da religião como matéria a partir da contratação de profissionais qualificados para a expandir a visão dos jovens sobre todas as formas religiosas existentes com o intuito de criar um futuro seguro e sem violência, seja física ou verbal, para aqueles que seguem bases distintas.