Materiais:
Enviada em: 02/04/2019

Na Idade Média, a Igreja Católica possuía notável poder ideológico e econômico sobre à sociedade medieval, de tal forma que, esse período foi marcado por uma grande opressão religiosa das autoridades eclesiásticas em relação às outras crenças. A Santa Inquisição, tribunal religioso que julgava os hereges, representou o principal instrumento de perseguição, pois, através dele, inúmeras pessoas foram queimadas vivas na fogueira por serem consideradas ameaças à fé católica. Analogamente, na contemporaneidade brasileira,  há presença da descriminação religiosa que, mesmo não sendo tão radical como no período medievo, tem desencadeado inúmeros problemas, como a  violação dos direitos e o fanatismo religioso. Desse modo, são necessários caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil.       Primeiramente, no que concerne ao desrespeito dos direitos, é notório, que muitos religiosos sofrem preconceitos por possuírem crenças diferentes. De acordo com a Constituição Brasileira o Estado é laico, ou seja, a nação possui uma posição neutra no campo religioso, já que aceita a manifestação de qualquer crença em seu território. Entretanto, ainda assim, o preconceito se instala na sociedade. Muitos fiéis superiorizam sua fé sobre outras e, por isso, as descriminam e, isso se deve, principalmente, à falta de uma educação familiar baseada no respeito para com todas as pessoas, mesmo quando elas não compartilham as mesmas doutrinas. Dessa forma, grupos religiosos vítimas da intolerância são excluídos socialmente, visto que, por falta de consciência da população, eles serão  considerados uma minoria sem valor para o país.        Outrossim, vale destacar sobre o fanatismo religioso. No Brasil, a exaltação por uma religião pode levar a essa mania. Por exemplo, segunda dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), "O Brasil é um país cristão", e isso, pode motivar alguns cristãos a considerarem sua crença a única importante, uma vez que, na perspectiva nacional, é a que predomina. Nesse caso, o fanatismo prejudica o ideal de liberdade que o ser humano possui, segundo o artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.      Logo, alternativas devem ser apresentadas para a resolução dessa problemática. A priori, é necessário que as famílias brasileiras assumam o seu papel na educação religiosa. Nesse sentido, os pais precisam ensinar os filhos sobre a importância de ser tolerante com o próximo em todas as situações, sobretudo, nas questões religiosas, com o objetivo de propagarem valores, como o respeito e amor entre os povos. A posteriori, é preciso que os líderes religiosos de todo o Brasil auxiliem os seus fiéis a respeitarem outras crenças, com o fito de promoverem a paz entre as religiões do país.