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Enviada em: 21/05/2019

De acordo com o filósofo Thomas Hobbes, o ser humano é movido pela busca incessante por satisfação o que confere a uma discórdia, pois segundo ele, nenhum homem se vê inferior aos outros e, por isso, impõe-se violentamente sobre os demais como superior. Essa premissa se adapta, especialmente, ao âmbito das crenças religiosas, no que diz respeito à discriminação. No contexto atual brasileiro, é notório que a intolerância religiosa se faz presente no ambiente brasiliano e tornou-se uma mazela social. À vista disso, é necessário esclarecer os caminhos para se combater a intolerância religiosa no Brasil.          Primeiramente, cabe ressaltar a falta de conhecimento dos indivíduos diante de outras crenças, o que contribui para o maciço preconceito, principalmente contra as de matrizes africanas. De acordo com o site G1 da Globo, o número de denúncias de discriminação religiosa contra adeptos da doutrina africana foram 71 denúncias do tipo feitas de janeiro a junho de 2018, contra 66 no mesmo período de 2017, o que revela um aumento de 7,5% em 2018.           Além disso, pode-se destacar a questão do fanatismo exorbitante de determinadas pessoas perante a religião que possuem. Tal fanatismo acarreta em repercussões negativas na vida pública, promovendo a discriminação e o ódio para com as outras doutrinas religiosas. Segundo Ibrs- presidente da Fecams- cada um possui uma maneira diferente de expressar e seguir a sua fé e devido a essas maneiras que a discriminação manifesta-se na sociedade.         Em virtude do que foi mencionado, é essencial elucidar a importância de cada crença religiosa, de forma que possibilite à população uma reflexão positiva e respeitosa. Com isso, faz-se necessário que por meio das redes sociais, o indivíduo divulgue sobre as diversas religiões brasileiras, principalmente sobre as africanas, e difunda a importância do respeito, com o fito de diminuir os altos índices de intolerância religiosa. Ademais, o Ministério da Educação deve promover palestras e aulas educativas que proporcione aos jovens e crianças conhecerem as demais religiões, a fim de que eles saibam respeitar as outras crenças, independentemente de suas escolhas individuais. Dessa forma, dilemas como o de Thomas Hobbes serão amenizados no país.