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Enviada em: 24/05/2019

O Brasil foi formado pela união de diversas bases étnicas e culturais e, consequentemente, estão presentes em também várias religiões. Entretanto, nem essa diversidade nem a liberdade religiosa, garantida pela Constituição Cidadã, faz com que o país seja respeitoso com as diferentes crenças. Nessa perspectiva, essa inercial problemática deve ser superada de imediato para que uma sociedade integrada seja alcançada.        Em primeiro lugar, é notória a dificuldade que há no ser humano em aceitar o diferente, principalmente ao se tratar de algo tão pessoal como religião. Prova disso é a presença da não aceitação das crenças alheias em diferentes regiões e momentos históricos, como no Império Romano, com as perseguições aos cristãos, na Europa medieval, com as Cruzadas e no atual Oriente Médio, com os conflitos envolvendo o Estado Islâmico nas chamadas ''guerras santas''. Dessa forma, fazendo uma analogia com a filosofia kantiana, a intolerância existente pode ser vista como o resultado de fatores inatos ao indivíduo com o que já foi incorporado a partir das experiências vividas.          Faz-se necessário salientar, ainda, a construção histórica do Brasil como impulsionador do problema. Afinal, para o filósofo inglês John Locke em sua obra ''Ensaio acerca do Entendimento Humano'', o ser humano é uma tábua em branco que se preenche com experiências e influências. Nesse ínterim, a catequização dos nativos na colonização brasileira, e, depois, a perseguição com as religiões de origem africana demonstram a construção de uma nação religiosamente intolerante. Além disso, toda essa mentalidade ininterrupta no ideário coletivo brasileiro faz com que essas religiões sejam as mais afetadas pela intolerância atualmente.           Infere-se, portanto, a necessidade que se reverta a mentalidade retrógrada e preconceituosa predominante no Brasil. Para tal, o Estado deve veicular campanhas de conscientização na mídia que informem a população sobre a diversidade religiosa do país e a necessidade de respeitá-las. Estas campanhas também podem, para facilitar a detecção e o combate ao problema, divulgar contatos para denúncia de casos de intolerância religiosa. Concomitantemente, é fundamental o papel da escola de pregar a tolerância já que, segundo Immanuel Kant, “o homem é aquilo que a educação faz dele”. Portanto, a escola deve promover palestras sobre as diferenças crenças do país, ministradas por especialistas nas áreas ou por membros dessas religiões, a fim de quebrar estereótipos, preconceitos e tornar os jovens mais tolerantes.