Materiais:
Enviada em: 24/06/2019

"O homem é a medida de todas as coisas". Essa afirmação de Protágoras, sofista grego, significa que cada pessoa tem pensamentos e crenças diferentes, os quais devem ser respeitados pela inexistência de uma verdade absoluta. A partir disso, surge a problemática da intolerância religiosa no Brasil, pois conflitos dessa natureza iniciam pela discriminação e desrespeito ao pluralismo de ideias e credos, e também pela ineficácia das leis. Por isso, caminhos para combatê-la são bastante necessários.       Com essa perspectiva, nota-se a rejeição ao diferente como pauta principal desse pensamento excludente. Com a vinda dos jesuítas ao Brasil, por exemplo, a fé católica foi propagada como única religião acreditada e aceita no território nacional, segregando e, por vezes, violentando quem pensava diferente. Atualmente, mesmo com a laicidade como garantia constitucional, muitas pessoas ainda são rejeitadas pelo corpo social por ter um credo considerado "estranho" ou "perigoso", o que demonstra a dificuldade dos brasileiros em aceitar a diversidade religiosa.       Somado ao preconceito dos habitantes, a ineficácia das leis contribui para uma continuidade progressiva desse problema social. Só para exemplificar, episódios como o das muçulmanas, que são chamadas de "mulheres-bomba", e o da quebra de santos demonstram a existência de casos, apesar das garantias legais, e contribuem para a permanência e fortalecimento do pensamento intolerante.       Assim, nota-se que a intolerância religiosa é proveniente do preconceito de alguns e é potencializada pela impunidade, o que torna o combate dessa chaga tupiniquim urgente. Cabe à Mídia, discutir essa questão com a sociedade, por meio de entrevistas com diversos tipos de religiosos, assim como deve inserir na programação mensagens de repúdio à discriminação e de respeito às diferenças, a fim de que o povo reflita e mude seu comportamento em favor da tolerância. De maneira análoga, o Legislativo deve aprovar leis que facilitem a punição, simplificando o Código Penal, com a finalidade de prender mais rapidamente e reduzir a impunidade.