Materiais:
Enviada em: 27/06/2019

A declaração Universal dos Direitos Humanos- promulgada em 1948, como reação às atrocidades cometidas na Segunda Guerra Mundial, como o Holocausto- assegura a igualdade, liberdade e justiça no âmbito internacional. Conquanto, no Brasil, percebe-se que alguns indivíduos não desfrutam desses direitos na prática, devido à intolerância contra suas respectivas religiões, através de comportamentos ofensivos fisicamente ou moralmente. A priori, é necessário entender que a intolerância surge da não aceitação e do repudio a diferença, motivada na maioria das vezes pelo preconceito e do desconhecimento da própria diferença. De acordo com Noberto Bobbio, filósofo italiano, o preconceito é uma opinião errônea, aceita passivamente sem ser refletida racionalmente. Nesse contexto, comprova-se que atos intolerantes são, em geral, consequências de uma formação moral deturpada, a qual não instigou o senso crítico e a racionalidade para posteriormente gerar a tolerância e o respeito às diferenças, importante para um convívio saudável. Desse modo, mostra-se a ineficácia das famílias e escolas em desenvolver esse tipo de pensamento para estimular a tolerância. A posteriori, nota-se os desdobramentos da intolerância na prática que, de acordo com a Secretária de Direitos Humanos da Presidência da República, atingem principalmente os aderentes de religiões afro-brasileiras. É comum no dia-dia ver que parte da população encara essas religiões de modo pejorativo e discriminatório, sempre relacionando seus costumes e práticas a coisas ruins e negativas. Como por exemplo, o uso da expressão pejorativa “macumbeiros” para se referir aos seus aderentes; ainda há a discriminação sofrida por parte de outras religiões, as quais os julgam como “indivíduos do mal”. Obviamente essa relação não é saudável e nem faz sentido para uma sociedade tão plural culturalmente e etnicamente; esses comportamentos se perpetuam principalmente por ineficácia do Estado em combater este problema de modo sério, pois, exige grande esforço ao procurar soluções que vão desde instigar a tolerância na sociedade, até o combate da intolerância como crime. Portanto, é mister que o Ministério da Educação e Cultura crie campanhas e projetos principalmente nas escolas públicas e privadas, onde estão os futuros cidadãos, para instigar a tolerância, empatia e o acolhimento das diferenças como algo positivo e necessário para o desenvolvimento social e individual, através de pelo menos uma aula a cada duas semanas para os alunos maiores de 14 anos e para os menores de 14 anos, 1 vez por semana. Será uma aula de diálogo ou brincadeira lúdica entre professores e alunos, que procure compartilhar as experiencias e opiniões pessoais,de modo a deixar claro o que é desconhecido para o outro, para assim acostumá-los a ver as diferenças como algo normal e positivo, além do auxilio do lecionador nos momentos de dúvidas que exigem um conhecimento mais aprofundado.