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Enviada em: 10/07/2019

No século XVI, as grandes navegações marcou o início de um processo histórico que se perpetuou até os dias atuais: a intolerância à diversidade religiosa. A catequese foi uma prática de imposição religiosa utilizada pelos jesuítas contras a tribos indígenas e africanas, como forma de domínio e restrição, marginalizando a cultura afro-religiosa e indígena. Hodiernamente, mesmo o Brasil sendo um país laico, assim como declara a Constituição Cidadã de 1988, a inflexibilidade á diversidade religiosa se enraizou no tecido social e vem apresentando seu caráter mais grotesco. Nesse contexto, deve-se analisar os possíveis caminhos para amenizar tal intransigência.   Em primeiro plano, cabe ressaltar que consoante dados da Secretária de Direitos Humanos da Presidência da República, 34,72% das denuncias feitas são contra os praticantes da religião afro-brasileira. Processo esse perpetuado ao longo da construção da sociedade brasileira, que sempre marginalizou e inferiorizou a cultura afro-descendente. Dessarte, enquanto o Poder Público não cumprir com seu deve constitucional de promover educação e conhecimento adequado com disciplinas que bordam a diversidade cultural que existe em todo o território nacional para as crianças e jovens, a nação vede-amarela será obrigada a conviver com um dos maiores entraves da pós-modernidade: a liberdade de religião e crença negligenciada.     Por conseguinte, conforme a filósofa Marilena Chauí, a democracia deve ser um sistema com direitos igualitários sem ações que prejudicam um grupo em prol do outro. Entretanto, esse não é o atual cenário que se encontra  nas mídia. É inquestionável afirmar que a mídia tem um poder exacerbado de controlar ou até mesmo manipular o pensamento e a opinião das massas. Assim, quando um canal aberto dispõe de uma certa devoção a determinada religião, ela está indiretamente influenciando o público a creditar que sua crença é a mais certa e adequada. Desse modo, denota-se que para amenizar tal impacto é preciso que as mídias televisivas assumam um caráter laico.    Portanto, para combater esse tipo de agressão cultural é imprescindível incitar medidas para assegurar o direito á crença, assim como delineia de Constituição. Logo, é necessário que o governo em parceria com a Secretária de Educação, adicionem na grade escolar a matéria - Mais cultura-, com o objetivo de ensinar aos alunos sobre a diversidade cultural e a disciplina Cidadania e Solidariedade com o intuito de incutir valores étnicos e morais nessa geração e nas gerações seguintes, mas também é preciso que os professores sejam preparados para realizar tal papel, tal preparo pode ocorrer por meios de aulas públicas de sociologia e história nas Universidade Federais. Nessa conjuntura, importantes avanços serão obtidos para edificar o país à verdadeira posição de laicidade.