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Enviada em: 02/08/2019

Os brasileiros, desde os primórdios da nação, sempre foram religiosos e diferente de muitos países, onde o extremismo parece reinar, as religiões aqui podem se fazer presente. No entanto, é cada vez mais perceptível o aumento da intolerância religiosa e a escassez de medidas para combatê-la, com uma educação retrógrada, ou o não cumprimento das leis.         A priori, é preciso salientar que um dos caminhos para combater a intolerância religiosa é a educação, porém, no Brasil contemporâneo, não é bem o que ocorre. O filósofo Immanuel Kant acreditava que a falta de disciplina e instrução em certos homens fazia com que estes se tornassem maus mestres de seus educandos. Analogamente, é possível perceber o preconceito religioso como fruto de uma educação arcaica, pois raros foram os professores e diretores que durante sua formação obtiveram conhecimento de como lidar com os alunos não cristãos, já que dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que esses são mais de 80% da população, um número expressivo, mas que gera infortúnios para os que não estão incluídos, já que não se sentem representados nas aulas e eventos escolares ou mesmo seguros.              Outrossim, as leis brasileiras não são cumpridas e as penas não são devidamente aplicadas, o que contribui para a ocorrência do problema. O artigo 208 do Código Penal é claro quanto a pena que deve ser aplicada nos caso graves de intolerância religiosa, em que pessoas são escarnecidas ou impedidas de praticar sua religião, detenção de um mês a um ano. Conquanto, não há um único caso no imaginário coletivo brasileiro que demonstre a verdadeira força dessa lei ou outras mais. Um claro sinal da necessidade de mudança.        Portanto, medidas concretas devem ser tomadas. Para que os casos de intolerância religiosa cessem e uma parcela da população se sinta segura, independente de sua crença, será necessário que o Ministério da Educação, por meio de parcerias com produtoras audiovisuais, crie o projeto "CineVozes" em que diretores famosos deverão criar curtas voltados para a empatia, cordialidade e o respeito com as diversas religiões e seus fiéis, para serem exibidos desde o ensino fundamental, visando uma geração futura mais aberta e plural.